sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Consumo de chá verde exige cautela

chaverde

Extraídos da mesma planta, a Camellia sinensis, os chás verde e branco ficaram populares devido às suas funções terapêuticas, como a prevenção contra diversos tipos de câncer, ao seu poder emagrecedor e outras coisas. Essas bebidas, porém, exigem cautela ao serem consumidas, pois os benefícios podem, literalmente, virar dor de cabeça. "Os chás verde e branco são alimentos funcionais, pois nutrem e combatem doenças. Para aproveitá-los corretamente, é preciso ficar de olho na dosagem e nas características do organismo de cada um", diz a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio Nutricional. Ela recomenda buscar orientação médica antes de ingerir esses chás. "As pessoas pensam que podem bebê-los indiscriminadamente, e isso não é verdade", alerta. Um dos principais cuidados em relação a essas bebidas é a existência de cafeína em sua composição. A substância, também presente no café, pode aumentar a pressão arterial e causar problemas como taquicardia, dor de cabeça e náuseas. "Como aceleram o metabolismo, esses chás não são indicados a pessoas com problemas cardíacos ou hipertensos. Também devem ser evitados por grávidas e lactantes. A cafeína pode afetar o bebê", salienta a farmacêutica Paula Viñas, da farmácia Fitobrasilis. Casos de insônia, gastrite, problemas renais, hipertireoidismo, ansiedade e taquicardia são incompatíveis com os chás. Indivíduos com deficiência de ferro no organismo também devem evitar essas bebidas. "Elas contêm tanino, substância que inibe a absorção do mineral", afirma Roseli. Segundo Paula Viñas, quem faz uso do remédio doxorrubicina deve ser monitorado. "Os chás potencializam o efeito desse medicamento." Extraídos da planta Camellia sinensis, os chás verde e branco possuem níveis concentrados de catequinas e polifenóis, substâncias que agem na prevenção do câncer. Também combatem os radicais livres, protegendo as células e retardando o envelhecimento com mais eficiência que as vitaminas C e E. Além disso, esses chás ajudam a emagrecer, fortalecem as veias e as artérias e reduzem os teores de colesterol ruim. Enquanto o chá verde tem as folhas aquecidas e secas, resultando na oxidação dos seus componentes, o chá branco é elaborado a partir do broto da Camellia sinensis e não passa por esse processo, assegurando uma concentração maior dos princípios ativos. Os chás Oolong e preto também derivam da mesma planta, mas seus benefícios são menos evidentes. Alguns cuidados ao tomar o chá: Os chás verde e branco contêm cafeína, que eleva a pressão arterial. Por isso, não são recomendados a hipertensos, gestantes ou lactantes. Consulte um profissional de saúde para avaliar se você está apto ao consumo. O consumo exagerado pode causar sintomas como taquicardia, náusea, dor de cabeça e problemas gastrointestinais. Para garantir os benefícios e evitar os problemas, recomenda-se beber três ou quatro xícaras diariamente. Prepare corretamente. Ferva a água, apague o fogo e dilua duas colheres de chá em uma xícara de chá. Deixe o recipiente tampado de cinco a dez minutos, em ambiente escuro, antes de servir. O chá não deve ser reaquecido e pode ser guardado por até 12 horas em locais sem luz.  Os chás verde e branco contêm tanino, que inibe a absorção de ferro. São contra-indicados para pessoas com deficiência desse mineral. Também deve ser evitado o consumo com leite, alimento que pode inibir o efeito antioxidante dos chás. Pacientes que fazem uso do medicamento doxorrubicina devem ser monitorados, pois esses chás potencializam seu efeito.

Para saber mais (fonte): Folha Online

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Oito alimentos geram 90% das alergias, revela estudo

Oito alimentos são responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar, revela uma revisão de estudos publicada em outubro na revista "Current Opinion in Pediatrics". Leite de vaca, ovos de galinha, soja, amendoim, nozes, trigo, peixes e mariscos são os alimentos mais alergênicos. A alergia alimentar é uma reação imunológica anormal do corpo - em geral, de pessoas suscetíveis geneticamente- às proteínas de certos alimentos. As manifestações clínicas mais comuns são ligadas ao aparelho gastrointestinal (como diarréia e dores abdominais), à pele (coceira, eczema) e ao sistema respiratório (tosse, rouquidão). O objetivo do estudo foi atualizar o diagnóstico do problema, que vem aumentando em todo o mundo, especialmente entre as crianças. Nos EUA, nos últimos dez anos, o crescimento foi de 18%, segundo um relatório dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças divulgado no mês passado.  "Um diagnóstico incorreto pode resultar em restrições alimentares desnecessárias, que, se prolongadas, podem afetar o crescimento da criança", afirmou à Folha um dos autores do estudo, Roberto Berni Canani, professor da Universidade de Nápolis (Itália). Segundo Canani, além de uma atenção especial aos oito alimentos, é preciso que os médicos saibam que nenhum exame é definitivo para diagnosticar ou excluir a alergia. "O principal é descobrir indícios do alimento que causa o problema e substituí-lo por outro de igual valor nutricional", diz. No Brasil, onde estima-se que de 4% a 8% das crianças e de 2% a 8% dos adultos sejam alérgicos, os médicos também notam um aumento nos casos. Para explicá-lo, há teorias que citam desde o acesso a mais exames até a maior presença de poluentes na atmosfera e um estilo de vida mais "higienizado". "Hoje, a criança tem menos chances de tomar contato com bactérias que poderiam estimular mais os sistema de defesa", diz o pediatra e imunologista do hospital Albert Einstein, Victor Nudelman. Os "vilões" para alergia variam segundo o país, diz ele. "Nos EUA, o amendoim é um importante causador de alergia na infância porque eles costumam dar pasta de amendoim às crianças. Na Itália, é comum a alergia a trigo porque eles dão massa já no primeiro ano." No Brasil, o leite de vaca lidera as alergias alimentares no primeiro ano, afetando de 4% a 5% das crianças, seguido pela soja, a clara de ovo e o milho. Ele diz que o diagnóstico é basicamente clínico. "Pode ser uma criança que vomita muito, que tem diarréia ou eczema com freqüência." Quando ela não ganha peso adequado no primeiro ano, tem constipação ou muita cólica, deve-se investigar se há alergia a leite. Também é comum as pessoas confundirem alergia ao leite com intolerância à lactose. Mas a intolerância não é uma reação imunológica: ela ocorre em razão da ausência de uma enzima no intestino que quebra o açúcar do leite (lactose). Os sintomas são parecidos e podem afetar os sistemas digestivo e respiratório e a pele, mas os tratamentos são distintos. Por exemplo: é permitida a ingestão de pequenas quantidades de leite nos casos de intolerância. Já alérgicos ao produto não devem consumi-lo. A boa notícia é que 95% dos casos de alergia a leite somem quando a criança atinge dois ou três anos, diz o gastropediatra Mauro de Morais, da Universidade Federal de São Paulo - provavelmente devido ao amadurecimento do sistema gastrointestinal. Ele diz ainda que houve uma mudança do perfil da alergia. "Antes, eram comuns quadros de diarréia. Hoje aparecem muito mais crianças com colite alérgica, sangue nas fezes. Mas também não se sabe o porquê."

Para saber mais (fonte): Folha Online

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Comer peixes pode proteger contra doenças cardiovasculares, diz estudo

O consumo de peixes pode ter um efeito protetor contra doenças cardiovasculares,  principalmente contra insuficiência cardíaca, segundo estudo japonês publicado recentemente no “Journal of the Americam College of Cardiology”. Na pesquisa, especialistas de universidades japonesas descobriram uma relação inversa entre a ingestão de peixes e ômega-3 e a mortalidade por causa cardiovascular. Os ácidos graxos ômega-3 são um tipo de gordura poliinsaturada encontrada principalmente em peixes de águas profundas e frias, como salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta; em óleos de peixe; e em semente e óleo de linhaça. Muitos estudos têm indicado os benefícios do nutriente principalmente para os sistemas cardiovascular e nervoso. Para avaliar o efeito da ingestão de ômega-3 nos riscos de mortalidade por doença cardíaca isquêmica, parada cardíaca, insuficiência cardíaca, derrame e doença cardiovascular total, os pesquisadores examinaram quase 58 mil japoneses, acompanhando-os por uma média de 12 anos. E as análises mostraram que aqueles com maior consumo de peixes e ômega-3 total tinham 18% a 19%salmão menor risco de morte por doença cardiovascular. O efeito protetor era ainda maior com relação à insuficiência cardíaca – os 20% com maior consumo de peixes tinha 24% menor risco em relação aos 20% com menor ingestão; e o maior consumo de ômega-3 foi associado a 42% menor risco de morte por insuficiência cardíaca.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Estilo de vida saudável promove mudanças genéticas, diz estudo

Mudanças radicais no estilo de vida tais como uma dieta mais saudável ou a prática regular de exercícios físicos podem prover não apenas um corpo melhor, como também uma melhora rápida e dramática na atividade genética da pessoa, afirmaram pesquisadores dos Estados Unidos na segunda-feira. Em um pequeno estudo, os cientistas acompanharam 30 homens com câncer de próstata de baixo risco que decidiram não seguir o tratamento médico convencional, abrindo mão da cirurgia e das sessões de radiação ou terapia com hormônios. Os homens submeteram-se, durante três meses, a estilos de vida totalmente diferentes, incluindo uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, legumes e produtos de soja, exercícios físicos moderados como caminhar uma hora e meia por dia e a realização de uma hora diária de práticas de gerenciamento de estresse, tais como meditação. Conforme o esperado, o grupo perdeu peso, viu diminuir sua pressão arterial e verificou outros ganhos em termos de saúde corporal. Mas os pesquisadores descobriram a ocorrência de mudanças mais profundas quando compararam as biópsias da próstata feitas antes com aquelas feitas depois da adoção do novo estilo de vida. Após três meses, os homens tiveram uma mudança de atividade em cerca de 500 genes -- incluindo 48 deles que passaram a funcionar e 453 que deixaram de funcionar. A atividade de genes capazes de prevenir doenças aumentou ao passo que vários genes causadores de doenças, tais como os envolvidos no câncer de próstata e de mama, desligaram-se, segundo o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A pesquisa foi comandada por Dean Ornish, chefe do Instituto de Pesquisa sobre Medicina Preventiva em Sausalito, Califórnia, um conhecido defensor de mudanças no estilo de vida para melhorar a saúde das pessoas. "Essa é uma descoberta animadora porque, com freqüência, ouvimos as pessoas dizendo: 'Ah, isso é por causa da minha genética. O que eu posso fazer?'. Bom, parece que há muita coisa que podemos fazer", disse, em uma entrevista concedida por telefone, Ornish, que possui laços também com a Universidade da Califórnia em San Francisco. Em apenas três meses, sou capaz de influenciar centenas dos meus genes com uma simples mudança na minha dieta e na forma como vivo. Isso é muito empolgante", afirmou Ornish. "As implicações do nosso estudo não se limitam aos homens com câncer de próstata." Segundo Ornish, os homens evitaram o tratamento médico convencional para o câncer de próstata por motivos alheios ao estudo. Mas, ao tomar essa decisão, permitiram que os pesquisadores analisassem as biópsias de pessoas com câncer antes e depois da mudança em seu estilo de vida. "Isso nos deu a oportunidade de ter um motivo ético para fazer repetidas biópsias em um período de apenas três meses porque eles precisariam submeter-se a isso de qualquer forma a fim de avaliar as alterações clínicas (no câncer de próstata)", disse Ornish.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Obesos correm mais risco de serem hospitalizados com asma, diz estudo

Pessoas obesas com asma são quase cinco vezes mais propensas a serem hospitalizadas por causa da doença respiratória, comparadas aos asmáticos não-obesos, segundo estudo publicado no “Journal of Allergy and Clinical Immunology”. Estudos anteriores já indicavam que os obesos têm maior probabilidade de sofrer asma e um pior controle da doença. Mas essa é a primeira pesquisa a controlar outros fatores de risco que poderiam explicar a relação obesidade-asma, como o tabagismo, o uso de alguns tipos de medicamentos e fatores demográficos. Avaliando 1113 pacientes com 35 anos ou mais e que sofriam de asma persistente, os pesquisadores notaram que os obesos tinham consideravelmente pior controle da asma, menor qualidade de vida relacionada à doença e 4,6 vezes mais chances de serem hospitalizados por causa do problema do que os não-obesos. Eles também apresentavam maior risco de refluxo gastroesofágico, sério problema de indigestão. “Considerando que muitas pessoas são obesas, este estudo é ainda outro exemplo dos riscos em longo-prazo da obesidade, juntamente com doença cardíaca, diabetes, derrame e demência”, disse o pesquisador David Mosen, do Centro de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, nos Estados Unidos. Baseados nos resultados, os especialistas recomendam que pessoas obesas com asma sejam acompanhadas com mais cuidado por causa de sua maior dificuldade em controlar o problema respiratório, que os deixam mais propensos a internações. Da mesma forma, alertam que esses pacientes devem estar atentos para os sintomas e se esforçar para perder peso.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Uma a cada quatro crianças que dormem pouco adquire sobrepeso

Um quarto das crianças que dormem menos de 10 horas por noite adquire sobrepeso aos seis anos de idade, segundo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá. E, de acordo com os autores, cerca de 90% das crianças com idades entre seis meses e seis anos têm pelo menos um problema relacionado ao sono, como terror noturno, ranger de dentes ou xixi na cama. Os especialistas destacam que, para a maioria, é uma fase passageira, mas pelo menos 30% das crianças nessa idade têm dificuldades em dormir seis horas seguidas – seja porque não conseguem cair no sono, ou por não permanecerem dormindo. E esses problemas de sono podem estar associados a problemas de aprendizado e até ao risco de sobrepeso e hiperatividade. Avaliando dados de mais de mil crianças, os pesquisadores descobriram que 26% das crianças que dormem menos de 10 horas por noite entre os dois anos e meio e os seis anos apresentam sobrepeso – 18,5% estão acima do peso ideal, enquanto 7,4% são classificados como obesos. Essa taxa de sobrepeso cai para 15% entre aqueles que dormem 10 horas por noite, e para 10% entre os que dormem 11 horas. Os pesquisadores acreditam que a razão para essa relação está em mudanças hormonais causadas pela falta de sono. “Quando dormimos menos, nosso estômago secreta mais do hormônio que estimula o apetite”, explicou o pesquisador Jacques Montplaisir, do Hospital Sacré-Coeur. “E também produzimos menos do hormônio cuja função é reduzir o consumo de alimentos”, completou. E as sonecas não amenizavam o problema. Além disso, a falta de sono foi associada à hiperatividade – 22% das crianças que dormiam menos de 10 horas dos dois aos seis anos de idade eram hiperativas aos seis anos, o dobro da taxa daquelas que dormiam de 10 a 11 horas por noite. E aquelas que dormiam pouco tinham pior desempenho em testes cognitivos. Por isso, os especialistas defendem intervenções, desde o início da vida, para melhorar o sono das crianças e sua qualidade de vida.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

sábado, 22 de novembro de 2008

Mulheres obesas sofrem mais estresse, diz pesquisa

Mulheres que estão acima do peso vivem mais eventos estressantes do que as que têm um peso considerado normal, segundo um estudo realizado por pesquisadores americanos. O estudo, realizado por uma equipe do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, foi publicado na revista acadêmica "Preventive Medicine". Os pesquisadores analisaram 41.217 adultos. Os resultados mostraram que as mulheres que estão acima do peso têm mais chances de perder o emprego, ser vítimas de crime, cometer crimes ou enfrentar problemas financeiros. Segundo os pesquisadores, essas mulheres parecem sofrer mais especialmente no trabalho, onde se sentem mais discriminadas do que os colegas homens que estão acima do peso. Os cientistas dizem que alguns fatores podem explicar a conexão entre peso e eventos estressantes. Discriminação, por exemplo, pode levar a baixa auto-estima, o que faz com que as pessoas afetadas não lutem por seus direitos, perdendo promoções. Obesidade também está ligada a pobreza, o que, por sua vez, está ligado a criminalidade. A pesquisa classificou indivíduos de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) em pessoas acima do peso, obesas ou extremamente obesas. Quando indivíduos obesos ou extremamente obesos foram avaliados, as chances de relatar eventos estressantes foram maiores tanto entre mulheres como homens, em comparação com pessoas de peso considerado normal.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pizzarias são as campeãs de falta de higiene

pizza

As pizzarias lideram o ranking da falta de higiene entre os estabelecimentos que vendem comida industrializada no Estado de São Paulo. Um estudo da Secretaria de Estado da Saúde que acaba de ser concluído encontrou problemas relacionados à manipulação de alimentos em 31% dos locais que servem pizza visitados por equipes de vigilância sanitária estadual e municipais. Foram inspecionados 467 estabelecimentos comerciais no Estado entre os anos de 2005 e 2006. As churrascarias ficaram com a segunda pior colocação no quesito higiene, com 19% de reprovação no quesito “manipulação e manipuladores”, que avalia as condições de higiene e o estado de saúde dos funcionários, além das fases do pré-preparo e preparo dos alimentos, como seleção, higiene, congelamento, descongelamento e cozimento.  Entre as pastelarias avaliadas, 14% tiveram problemas relacionados à higiene, assim como 13% das padarias, 11% dos supermercados, 8% dos restaurantes e 6% das mercearias. Os estabelecimentos foram orientados para corrigirem o problema e, em casos mais graves, penalizados com medidas punitivas previstas pela legislação sanitária. “Nos últimos anos houve expressiva proliferação de pizzarias nos municípios paulistas, especialmente de estabelecimentos menores que realizam entregas em domicílio. Nesses locais é comum que os ingredientes fiquem expostos em potes abertos por longos períodos, em temperaturas inadequadas”, afirma Maria Cristina Megid, diretora do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria. “Os funcionários desses locais também precisam ser orientados sobre a higiene pessoal e o correto preparo dos alimentos”, alerta. Segundo a diretora do CVS, os profissionais pode contaminar alimentos por estarem doentes, terem hábitos inadequados de higiene ou realizarem operações de manipulação que provoquem a contaminação dos produtos, expondo os consumidores ao risco de doenças, especialmente de diarréia. Para o consumidor que costuma pedir pizza pelo sistema delivery a dica é sempre conhecer pessoalmente o estabelecimento, verificar a higiene do local, o acondicionamento dos ingredientes, a limpeza dos recipientes e o modo como os produtos são manipulados. Também é importante observar, por exemplo, se os funcionários usam uniformes limpos e se há pias no local para que eles lavem as  mãos.

Para saber mais (fonte): Sentir Bem

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

CCT aprova projeto que proíbe a presença de jovens muito magras nas passarelas e anúncios

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) aprovou há pouco projeto do senador Gerson Camata (PMDB-ES) que proíbe que a publicidade e os desfiles de moda empreguem modelos muito magras (PLS 691/07). Conforme a proposta, tanto nas passarelas quanto nos anúncios, fica vedada a participação de jovens com Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), relatora da matéria, disse que a proposta representa uma "ação de solidariedade" à juventude do país, que compromete a própria saúde - havendo registro de mortes por anorexia - na tentativa de alcançar os padrões de beleza adotados pelo mundo da moda e propagado pela mídia. A reunião foi encerrada depois da aprovação da proposta, que agora vai exame na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para decisão terminativa.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde 

sábado, 8 de novembro de 2008

Laticínios podem ajudar a manter o peso após dieta, indica estudo

Comer grande quantidade de laticínios pode ajudar as pessoas que estão tentando manter o peso a queimar mais gordura e comer mais calorias sem aumento de peso, segundo estudo encomendado pelo Conselho Nacional de Laticínios dos EUA. Avaliando 338 pessoas obesas que haviam feito dieta restritiva por três meses, o estudo não mostrou que comer as três porções de laticínios faz diferença em manter o peso perdido, mas indicou que essa prática por seis meses permite às pessoas comer mais calorias sem ganhar peso, comparado com pessoas que conslaticiniosomem menos de uma porção diária. E, segundo os autores, isso facilitaria a manutenção de uma dieta para manter o peso. Pesquisas anteriores mostram que uma dieta rica em cálcio pode reduzir o ganho de peso e promover a queima de gordura. E os autores apostam nesse efeito. Mais estudos são necessários.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Consumo de peixes pode proteger os rins de diabéticos, indica estudo

peixe

Comer peixes duas vezes por semana pode ajudar os diabéticos a prevenir doença  renal – uma das complicações mais sérias da doença – segundo estudo publicado na edição de novembro do American Journal of Kidney Diseases. Avaliando a dieta de mais de 22 mil pessoas de meia-idade, sendo 517 com diabetes, os pesquisadores descobriram que os diabéticos que relataram comer peixe mais de uma vez por semana tinham consideravelmente menos chances de ter proteínas na urina – sinal precoce de doença renal. A condição, conhecida como macroalbuminúria, pode piorar os danos nos rins e aumentar os riscos de infartos. E os resultados mostraram que 18% dos diabéticos que não comiam peixe regularmente tinham a condição, contra apenas 4% dos consumidores do alimento. Mais estudos são necessários.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vilões da enxaqueca

Ao investigar os fatores que desencadeiam a enxaqueca, um novo estudo feito com 200 pacientes revelou que 83,5% apontaram algum fator relacionado à dieta – sendo o jejum mais recorrente, seguido do álcool e do chocolate. Os problemas com o sono foram relatados por 81% dos entrevistados e 64% associaram a enxaqueca ao estresse. A pesquisa foi realizada por estudantes de medicina da Liga da Cefaléia da Escola de Medicina do ABC e coordenada por Mario Fernando Prieto Peres, professor do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador sênior do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo. O estudo, publicado na revista Arquivos de Neuro-Psiquiatria, aponta também que a enxaqueca afeta três vezes mais as mulheres do que os homens, principalmente em decorrência de fatores hormonais. A enxaqueca é um distúrbio neurológico crônico com vários fatores desencadeantes, que geralmente se inicia na infância ou na adolescência e pode acompanhar o paciente por toda a vida. Caracteriza-se por dores de cabeça transitórias e localizadas e atinge 12% da população, chegando a 20% entre as mulheres. De acordo com Peres, a enxaqueca dos pacientes que participaram da pesquisa foi diagnosticada segundo os critérios da Classificação Internacional dos Distúrbios de Dores de Cabeça. Todos eles apresentaram pelo menos um fator desencadeante para as crises de enxaqueca. Mais de 95% relataram mais de um fator. Segundo ele, as sobrecargas ambientais, alimentares, emocionais e de estilo de vida foram os fatores desencadeantes mais importantes. “O estudo remete ao papel fundamental do sistema de dor, que é deflagrado para avisar que algo não está bem. Quando ocorre alguma sobrecarga, esse sistema é ativado, iniciando a crise de enxaqueca. É fundamental que médicos e pacientes reconheçam esses fatores para tentar diminuir a freqüência das crises e melhorar a qualidade de vida”, disse Peres à Agência FAPESP. Segundo ele, os fatores desencadeantes relacionados aos hábitos alimentares podem ter sido superestimados no estudo, por ter sido a primeira lista de fatores apresentada ao grupo. “Analisando os fatores isoladamente, podemos ver que o estresse e os problemas com o sono são aspectos emergentes, com porcentagens similares em magnitude”, destacou. Dos 200 indivíduos que participaram do estudo, 162 eram mulheres e 38 homens, com média de idade de 37,7 anos. Os entrevistados foram questionados especificamente sobre a presença ou ausência de possíveis fatores para as crises de enxaqueca, com destaque para fatores alimentares, hormonais (no caso das mulheres), ambientais, sono, estresse e esforço físico. A enxaqueca é mais comum entre mulheres. Ocorre principalmente durante a fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, e tem um importante impacto socioeconômico e sobre a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados apontaram que cerca de 53% das mulheres apresentaram fatores hormonais como principais desencadeadores da enxaqueca, sendo o período pré-menstrual o mais freqüente.  De acordo com Peres, os pacientes responderam a uma lista extensa de fatores desencadeantes e relataram os mais freqüentes no desencadeamento das crises de enxaqueca. “Os pacientes foram selecionados de maneira consecutiva, por isso a presença de mais mulheres no estudo, uma vez que a enxaqueca acomete até três vezes mais mulheres que homens.” Entre os fatores desencadeantes relacionados à dieta, o jejum foi o mais freqüente, seguido pelo álcool, chocolate, vinho tinto e café. Os resultados mostraram ainda que mulheres têm mais crises de enxaqueca desencadeadas pelo vinho tinto do que os homens. Com relação aos fatores desencadeados pelo estresse, a preocupação com o trabalho foi o principal fator nos pacientes com enxaqueca. Ao analisar o comportamento do sono (excesso ou falta), o estudo aponta que esse fator parece ter influência na ocorrência da enxaqueca. Pouco mais de 75% dos pacientes apontaram problemas com o sono como principal fator desencadeador. “Esses resultados sugerem que o tratamento psicológico, a orientação alimentar e a atenção com os hábitos de sono podem ser importantes para o tratamento dos pacientes”, afirma o pesquisador, que também é professor de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC e coordenador do Centro de cefaléia de São Paulo. Merecem destaque também os fatores ambientais, como alergia, poluição, claridade solar, mudanças no tempo, cigarro, ar condicionado, odores de perfumes, produtos de limpeza e gasolina. Cerca de 68,5% dos entrevistados afirmaram sentir os sintomas da enxaqueca após exposição a esses fatores, sendo os odores (36,5%) os mais recorrentes. De acordo com Peres, o estudo mostra que fatores desencadeantes são freqüentes em pacientes com enxaqueca, e sua detecção detalhada pode auxiliar em tratamentos preventivos mais eficientes. “É importante destacar que muitas crises de enxaqueca são oriundas de deflagradores, que são principalmente fatores relacionados a sobrecargas que podem freqüentemente ser evitadas”, disse.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP

domingo, 26 de outubro de 2008

Brindes fazem menino pedir cereal para a mãe

Os brindes são o principal motivo para os cereais matinais fazerem parte do dia-a- dia da professora Érica Damasceno Alves, 29, e de seu filho Pedro Henrique, 3. O menino consome os produtos durante a semana na creche e nos finais de semana em casa. "Ele vê [propagandas] na televisão ou [o cereal] no supermercado e sempre tenho que levar para casa", diz Alves. Durante a entrevista, realizada em um supermercado da zona norte, a reportagem presenciou o menino pedindo o produto do tigre, personagem que estampa as caixas de um dos cereais mais vendidos. Rosilei de Souza Castro, 30, mãe de Maria Fernanda, 6, utiliza o cereal como incentivo para que a filha consuma leite. Júlia Aguirre de Souza, 32, mãe de Eduardo, também considera o cereal uma alternativa "saudável", já que o filho gosta de leite e não gosta de verduras. Segundo a nutricionista Madalena Vcerealmatinalallinoti, "o excesso de sódio pode ser minimizado com um grande consumo de líquidos, frutas e verduras". Segundo ela, os pais também devem optar por cereais sem açúcar e não adoçá-los em excesso. "É necessário restringir o consumo de açúcar e sódio", afirma a nutricionista.

Para saber mais (fonte): Folha UOL

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Diarréia por rotavírus cai 95% em SP após vacinação, diz secretaria

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde o número de casos de diarréia causada por rotavírus despencou 94,7% no Estado de São Paulo na comparação entre 2005 e 2007. O principal motivo foi a introdução da vacina contra a doença no calendário básico do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorrida em março de 2006.
O levantamento também revelou que, do total de amostras de fezes de casos suspeitos encaminhadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, órgão da Secretaria, apenas 3,7% foram positivas para rotavírus neste ano, contra 10% em 2007, 16,2% em 2006 e 17,7% em 2005. Em 2005 quando a vacina ainda não estava disponível na rede pública, houve 3.144 ocorrências ligadas a surtos (dois ou mais casos num mesmo local em curto espaço de tempo) no Estado. Já em 2007 foram confirmados apenas 164 casos. Neste ano são apenas 3, registrados de janeiro a julho. Em 2006 haviam sido 2.084 casos. Para ficar imune à doença as crianças precisam tomar duas doses da vacina. A primeira deve ser aplicada com dois meses de idade (no máximo com três meses e 7 dias); a segunda dose em crianças com cinco meses de idade (no máximo com cinco meses e 15 dias). O prazo entre cada dose deve ser respeitado.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Calorias a menos sem fazer força

Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, apontou que atletas apresentam metabolismo muscular mais acelerado mesmo durante períodos de descanso. Ou seja, aqueles que passam por treinamento intensivo de resistência queimam calorias mais rapidamente do que indivíduos sedentários até quando não estão se exercitando. Na pesquisa foi usada espectroscopia de ressonância magnética para comparar as taxas de oxidação e de síntese de ATP (trifosfato de adenosina, molécula responsável por armazenar energia nas células) nos músculos da panturrilha de corredores de longa distância e de pessoas sedentárias durante períodos de repouso. Embora a oxidação tenha se mostrado em média 54% maior nos atletas, as taxas de síntese de ATP durante o repouso se mostraram semelhantes nos dois grupos. A oxidação é o processo por meio do qual as mitocôndrias, organelas membranosas cuja principal função é a geração de energia por meio das moléculas de ATP, consomem material que será transformado em energia. O resultado é que apesar de não produzirem mais energia nos momentos de inatividade, os atletas ainda assim queimam mais calorias. Segundo os pesquisadores, o estudo indica que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Os autores apontam que o treinamento aeróbico intenso é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes, por meio do aumento do consumo de glicose, da oxidação de gordura e do número de mitocôndrias. Segundo eles, a nova pesquisa indica que a dissociação da oxidação e da produção de ATP pode representar uma outra forma por meio da qual o exercício aumenta a sensibilidade à insulina e a queima de calorias em excesso.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Estudo diz que 44% das crianças têm colesterol elevado

Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) com 1.937 crianças e adolescentes entre dois e 19 anos atendidos no Hospital das Clínicas da universidade constatou que quase metade deles possui índices altos de colesterol e triglicérides. Segundo o estudo, realizado entre 2000 e 2007, 44% dos pesquisados apresentaram índices elevados de colesterol. "Eu exagerava nos alimentos ricos em gordura quando tinha 11 anos e meu colesterol estava em 269 mg/dL. Então iniciei o tratamento com dieta e esportes. Hoje meu colesterol é 160 mg/dL", diz a estudante Jéssica Rossi Ruggeri, 17, que ainda precisa diminuir seu índice.  A pesquisadora responsável, Eliana Cotta de Faria, do Departamento de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, atribui os altos índices a fatores de risco como sedentarismo, má alimentação, obesidade e diabetes, além da hereditariedade. De acordo com a pesquisa, 44% das crianças entre dois e nove anos apresentaram valores alterados do colesterol total, 36%, do LDL (colesterol ruim) e 56%, dos triglicérides. Os altos índices de triglicérides estão associados a um risco maior de doença coronariana. O resultado foi muito similar no grupo dos adolescentes e jovens de dez a 19 anos. "Não é de se estranhar que a população hospitalar tivesse índices um pouco mais altos. Mas não imaginávamos que estes índices seriam tão altos", diz Faria.  Não há dados brasileiros sobre a taxa de colesterol entre crianças e adolescentes, e, segundo Ieda Jatene, presidente do departamento de cardiologia pediátrica da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) não é possível extrapolar os números encontrados na Unicamp para o resto do país. Para Roseli Sarni, pediatra e presidente do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, uma das explicações para os níveis elevados de colesterol, além de maus hábitos alimentares em geral, é o mau entendimento dos rótulos de produtos com gordura trans. "Quando a mãe lê zero, ela entende que o alimento é livre desse tipo de gordura, o que não é verdade", diz. A legislação admite que o fabricante diga que seu produto tem "0% de gordura trans" quando tem até 0,2 g do elemento por porção. Com isso, a criança é liberada a consumir alimentos com esse tipo de gordura. A prevenção, segundo Eliana Faria, começa com o estilo de vida da família, que é transposto para a realidade da criança. "Uma criança não pode decidir comer mais legumes se os pais não compram legumes", diz. Para diminuir os níveis de colesterol no sangue, devem ser priorizados dieta balanceada e exercícios físicos. É preciso estimular o consumo de frutas, verduras, legumes e peixes marinhos, reduzir o consumo de óleos, açúcares e gorduras e preferir alimentos integrais. As mudanças, no entanto, não devem ser drásticas, pois a criança pode ficar ainda mais resistente em mudar sua alimentação. "Começamos com uma mudança quantitativa, para depois fazer a qualitativa", diz Sarni. Isto é: o recomendado é reduzir alimentos que aumentam o colesterol ruim, para, gradativamente, substituí-los por opções mais saudáveis.  m julho, a Academia Americana de Pediatria tomou uma decisão radical em relação às crianças com colesterol alto: orientou que os pequenos acima de oito anos sejam medicados com drogas (estatinas) para prevenir doenças cardíacas. No Brasil, os pediatras indicam medicamentos a partir dos dez anos, mas apenas para crianças com uma doença genética chamada hipercolesterolemia familiar, que eleva os níveis de colesterol, independentemente do estilo de vida. Para as demais, eles defendem uma dieta equilibrada associada a exercícios físicos. A cautela tem justificativa. Não há estudos a longo prazo sobre o uso das estatinas em crianças ou que mostrem que, usando a medicação precocemente, elas estarão mais protegidas do que aquelas que iniciaram a terapia na vida adulta.

Para saber mais (fonte): Folha Online

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ponto para o açaí

acaí

Um importante alimento dos habitantes na Amazônia, que também é consumido de  Norte a Sul do Brasil, tem se tornado cada vez mais popular em outros países, como os Estados Unidos: o açaí. Por ser comercializado como uma “superfruta” em mercados norte-americanos, que destacam os potenciais efeitos benéficos para a saúde, um grupo de pesquisadores da Universidade Texas A&M tem estudado o açaí desde 2001. O mais recente resultado da pesquisa traz nova boa notícia aos consumidores do fruto da palmeira Euterpe oleracea. Em artigo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, os cientistas descrevem que os antioxidantes contidos no açaí são absorvidos pelo organismo humano. O estudo envolveu 12 voluntários, que consumiram açaí em polpa e na forma de suco, esta última contendo metade da concentração de antocianinas – pigmentos que dão cor às frutas – do que a versão em polpa. Os dois alimentos foram comparados com sucos sem propriedades antioxidantes, usados como controle. Amostras do sangue e da urina dos participantes foram tomadas 12 e 24 horas após o consumo e analisadas. Segundo os pesquisadores, tanto a polpa como o suco apresentaram absorção significativa de antioxidantes no sangue após terem sido consumidos. "O açaí tem baixo teor de açúcar e seu sabor é descrito como uma mistura de vinho tinto e chocolate. Ou seja, o que mais podemos querer de uma fruta?", disse Susanne Talcott, principal autora do estudo, do qual também participaram cientistas das universidades do Tennessee e da Flórida. Segundo ela, trabalhos futuros poderão ajudar a determinar se o consumo do açaí pode resultar em benefícios para a saúde com relação à prevenção de doenças. O grupo do qual faz parte tem estudado a ação do açaí contra células cancerosas. “Nossa preocupação é que o açaí tem sido vendido como um superalimento. E ele definitivamente tem atributos notáveis, mas não pode ser considerado uma solução para doenças. Há muitos outros bons alimentos e o açaí pode ser parte de uma dieta bem balanceada”, disse Susanne.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Excesso de calorias deixa o cérebro "em parafuso", diz estudo

Comer demais deixa o cérebro "em parafuso", desencadeando uma série de danos que podem levar ao diabetes, a distúrbios cardíacos e a outras doenças, disseram pesquisadores dos EUA na quinta-feira. O excesso de calorias parece ativar um acesso habitualmente adormecido do sistema imunológico, cujas células então atacam e destroem invasores inexistentes, segundo Dongsheng Cai e seus colegas da Universidade de Wisconsin-Madison, em artigo na revista "Cell". Isso pode explicar por que a obesidade provoca tantas doenças e ajudar a preveni-la. Estima-se que em 2007 havia pelo menos 1,8 bilhão de pessoas acima do peso no mundo. Medicamentos existentes contra a obesidade têm resultados limitados e fortes efeitos colaterais. Em ratos, a equipe de Cai tentou explicar estudos que vincularam a obesidade a inflamações crônicas no corpo todo. Esta inflamação está presente em diversas doenças associadas à obesidade, como os problemas cardíacos e a diabete.
Eles obtiveram um composto conhecido como IKKbeta/NK-kappaB. Células imunológicas, como os macrófagos e leucócitos, usam essa substância, mas os cientistas a localizaram no hipotálamo, uma parte do cérebro que está associada ao metabolismo. "O hipotálamo é a 'sede' da regulação energética", escreveram eles no artigo. Normalmente, mesmo em alta concentração no hipotálamo, o IKKbeta/NK-kappaB, permanecia inativo, o que mudava quando os ratos recebiam uma dieta rica em gorduras. Nessas situações, o organismo ignorava os sinais da leptina, um hormônio ligado à regulação do apetite, e da insulina, que ajuda a transformar o alimento em energia. Estimular o IKKbeta/NK-kappaB fez os ratos comerem mais, e suprimi-lo fez os ratos comerem menos. Cai acredita ter encontrado um "interruptor" para doenças provocadas pelo excesso de alimentação. "O IKKb/NF-kB do hipotálamo pode sustentar toda a família de doenças modernas induzidas pela supernutrição e a obesidade", escreveu o grupo. Cai não sabe por que esse composto estaria no cérebro e no sistema imunológico, mas suspeita que seja resultado de uma evolução muito antiga em animais primitivos, desprovidos do sistema imunológico sofisticado dos animais modernos, como ratos e humanos. "Presumivelmente, ele teve algum papel em guiar a defesa imunológica", disse Cai por telefone. "Na sociedade de hoje em dia, este acesso está mobilizado por um desafio ambiental diferente -- a supernutrição." Desativando um gene por meio da engenharia genética, os ratos comiam normalmente, sem se tornarem obesos. Isso é impossível em pessoas, mas Cai acha possível que surja uma droga ou mesmo uma terapia genética (quando um vírus ou outro vetor leva um DNA corretor para o organismo, um tipo de tratamento ainda muito experimental).

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ministro quer ação em escolas contra obesidade infantil

Contra a obesidade infantil, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quer discutir a volta da obrigatoriedade das aulas de Educação Física nas escolas públicas. A retomada das aulas, avalia, deveria integrar um pacote de medidas para tentar fazer frente ao aumento de obesidade entre crianças e adolescentes brasileiras. "Não podemos deixar para depois essa discussão: é preciso adotar medidas para evitar o sedentarismo, para evitar o consumo excessivo de alimentos pouco saudáveis", avaliou. Entre as medidas urgentes, disse, está a criação de um código de ética para a veiculação de produtos alimentícios. O Ministério da Saúde encomendou uma pesquisa ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para avaliar o teor de gordura e de açúcares presentes em 24 produtos usados por crianças e adultos. O trabalho, que deverá ser concluído em breve, servirá como base para uma discussão com a indústria brasileira. "É preciso ver quais são os percentuais exagerados, o que precisa ser mudado, como isso pode ser feito", afirmou. Além da mudança no preparo de alimentos industrializados, Temporão avalia ser preciso ampliar campanhas de incentivo a dietas saudáveis. "Tais medidas, porém, não são suficientes. Daí a necessidade de ações nas escolas." Temporão observa que a disciplina de educação física, em alguns locais, foi flexibilizada.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Aleitamento e depressão

aleitamento

Uma pesquisa feita na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) indica que crianças de mães com sintomas de depressão pós-parto apresentam risco 80% maior de interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. A pesquisa apontou ainda que no primeiro mês de vida a interrupção precoce de aleitamento materno foi cerca de 60% mais alta entre as crianças que moravam em condições ambientais insatisfatórias. O estudo foi publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, editada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz. Entretanto, de acordo com Maria Helena Hasselmann, professora do Instituto de Nutrição da Uerj e uma das autoras do artigo, a suspeição de depressão pós-parto foi mais determinante na interrupção da amamentação do que as variáveis socioeconômicas. “Quando se analisa a escolaridade e as condições ambientais de moradia em relação à manutenção do aleitamento materno exclusivo durante os dois primeiros meses de vida, os fatores socioeconômicos não se mostraram tão importantes como os aspectos psicossociais”, disse à Agência FAPESP. De acordo com a pesquisadora, a depressão pós-parto (DPP) pode representar não somente os perfis psicológico-emocionais maternos, mas também aspectos relacionados a dificuldades em amamentar. Outra possível explicação estaria atrelada à relação que a DPP tem com os cuidados maternos e a interação mãe-filho. “Sintomas de depressão no pós-parto imediato podem levar à interrupção precoce do aleitamento em virtude de sentimentos de baixa auto-estima e auto-confiança, o que pode gerar na mãe uma percepção exagerada das dificuldades para amamentar. Isso sugere que mães com DPP podem perder a confiança em seu papel materno, deixando de perceber os benefícios da amamentação”, explicou.  Apesar de todos os indícios, a professora da Uerj aponta que não é possível associar o abandono da amamentação exclusivamente à depressão pós-parto. Segundo ela, o estudo mostrou que outras características foram importantes, como as condições de moradia, se a criança nasceu prematura ou não e a existência de laços sociais. “Além disso, o trabalho indicou que a DPP aumenta a chance do desmame, mas o desmame precoce continua ocorrendo em diversas situações em que a mãe não apresenta DPP”, ponderou. Os achados, segundo Maria Helena, evidenciam a importância da saúde mental materna para o sucesso do aleitamento materno exclusivo. “É importante que os profissionais de saúde que lidam com as mulheres nesse período possam ter um olhar diferenciado para a saúde mental dessas mães. Os resultados desta pesquisa poderão contribuir para o desenvolvimento de ações de promoção de saúde, tanto em relação à DPP como no incentivo à prática da amamentação exclusiva”, disse.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Obesidade pode aumentar risco de segundo aborto

Mulheres obesas têm mais chance sofrer novos abortos espontâneos após terem abortado uma vez, segundo um estudo do Hospital St. Mary's, em Londres, apresentado em uma conferência do Royal College of Obstetrics and Gynaecology no Canadá. Os cientistas acompanharam os progressos de 696 mulheres cujos abortos haviam sido classificados como "inexplicáveis" por uma clínica especializada em gestação. Segundo os cientistas, o risco de um segundo aborto espontâneo era 73% mais alto entre mulheres obesas. Mas um especialista em obesidade afirmou que tentar perder peso durante a gravidez pode ser perigoso para o feto e aconselhou as obesas que tenham sofrido aborto a tentar emagrecer antes de tentar engravidar novamente. Apesar de a obesidade já ter sido ligada a problemas de fertilidade e durante a gravidez, este estudo afirma ser o primeiro a investigar especificamente os abortos "recorrentes", para os quais não há uma razão óbvia. Das 696 mulheres acompanhadas no estudo, mais da metade tinha peso normal, 30% estavam acima do peso e 15% eram obesas --ou seja, tinham IMC (Índice de Massa Corporal) equivalente ou superior a 30. O quanto mais velha a mulher, maiores as chances de um segundo aborto espontâneo, mas quando os dados foram ajustados para levar isso em conta, a obesidade surgiu como um outro possível fator. A incidência de aborto espontâneo foi semelhante entre todas as mulheres do grupo, mas o risco de um segundo aborto aumentou dramaticamente entre as mulheres obesas. Winnie Lo, a enfermeira especializada que apresentou o estudo em Montreal disse: "Esse é o primeiro estudo a analisar diretamente a ligação entre Índice de Massa Corporal e aborto". "Ele mostra que as mulheres obesas que passam por abortos recorrentes sofrem maior risco de sofrer novos abortos." Para o endocrinologista Nick Finer, especialista em obesidade do Hospital Addenbrooke's, perto de Cambridge, a conclusão do estudo não é surpresa. "Nós já sabemos que as chances de fertilidade diminuem com o aumento do IMC, os riscos de malformação fetal aumentam, junto a riscos de outras adversidades durante a gestação." Ele afirma que não se sabe exatamente qual a razão para as obesas terem mais problemas, mas é possível que a obesidade aumente a inflamação, prejudicando as chances de uma gravidez bem sucedida. Ele também aconselhou as obesas a não tentar dietas radicais durante a gestação.

Para saber mais (fonte): Folha UOL

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vigilância sanitária de SP reprova rótulos de alimento infantil

papinha

Pesquisa feita pelo Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo  reprovou a maior parte das embalagens dos alimentos vendidos para crianças de 0 a 3 anos. Das 64 amostras de papinhas, leite fluido, leite em pó, iogurte, sopa e mingau, colhidas em supermercados de todo Estado, 76,6% foram consideradas insatisfatórias por terem rótulos que incentivam o consumo desnecessário, não informam as contra-indicações e ainda prejudicam o aleitamento materno. O monitoramento começou em 2005 e o "dossiê dos rótulos" é divulgado a cada dois anos (o próximo será publicado no final de 2009). As irregularidades encontradas ferem a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Crianças, criada em 2002 e transformada em legislação federal em 2006. Os produtos voltados aos recém-nascidos, por exemplo, exibiam mensagens como "leite humanizado" e "maternizado" o que, para a diretora do CVS Maria Cristina Megid, "têm o claro intuito de sugerir forte semelhança do alimento com o leite materno, o que é proibido". A crítica dos especialistas está no fato de que o leite materno é o mais completo para evitar meningite, otites, doenças respiratórias e de pele, desnutrição e tantos outros problemas, podendo ser alimento exclusivo no cardápio infantil até o sexto mês de vida do bebê. O contraste à lista de benefícios é que, justamente a capital paulista ostenta o quarto pior índice de aleitamento materno do País, conforme mostraram os Indicadores Básicos de Saúde, divulgados pelo Ministério da Saúde. Enquanto 64% das crianças paulistanas já recebem outro tipo de alimento (papinhas, leite em pó, mingaus) antes de completar 30 dias de vida, a média brasileira é praticamente inversa: 53,1% só mamam no peito até o primeiro mês. "A vida moderna para as mulheres se estabeleceu como uma das inimigas da amamentação", diz o diretor da divisão sanitária de alimentos de SP, William Latorre. "Se atrelado à falta de tempo, a indústria de alimentos infantis ainda convence que os produtos são tão bons quanto o aleitamento materno, isso repercute diretamente nas estatísticas de crianças que mamam no peito", diz Latorre que coordenou as análises dos rótulos e informou que todas as irregularidades encontradas só nos anos 2005 e 2006 viraram 326 processos administrativos contra as empresas fabricantes. A Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia) informou que desde 2006, "reuniu diversas vezes seu Setor de Alimentos para Crianças de Primeira Infância, a fim estudar a aplicação da Lei e orientar o seu cumprimento". As informações são do Jornal da Tarde.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A proteína das manhãs

cafedamanha Já se desconfiava que pitadas a mais de proteína na dieta evitariam ataques de gula. E nesta semana o British Journal of Nutrition publicou um trabalho surpreendente que, na verdade, foi realizado em solo americano, mais especificamente na Universidade Purdue, por um time liderado pelo nutricionista e doutor em ciência dos alimentos Wayne W. Campbell. "O horário em que você consome a proteína faz toda a diferença para aproveitar esse efeito saciedade", sentencia o pesquisador, em entrevista a esta coluna. Ele conta que, para o estudo, recrutou homens acima do peso na faixa dos 40 anos. Todos seguiram uma alimentação equilibrada de baixas calorias, fracionada em cinco refeições. Mas havia diferenças. Parte do grupo recebeu uma dieta com um teor, digamos, convencional de proteínas. Para o restante, porém, os nutricionistas criaram um programa alimentar com o mesmo valor calórico, mas com uma participação maior de fontes protéicas. De 18% a 25% das calorias consumidas vinham de alimentos ricos em proteínas. "Já esperávamos que essa turma sentisse menos fome ao longo do dia", admite Campbell. "O que eu me intrigava mesmo era descobrir o seguinte: se essas pessoas concentrassem mais proteínas em uma determinada refeição, será que isso faria alguma diferença? Vimos que sim." Para chegar a essa conclusão, ele dividiu os voluntários que comiam mais proteína em quatro grupos. O primeiro distribuiu os alimentos protéicos por todas as refeições. O segundo reforçou a presença das proteínas no café-da-manhã. O terceiro comeu mais de suas fontes no almoço e o quarto, no jantar. Todos os participantes tinham de responder perguntas sobre como andava a sua fome, se tinham vontade de devorar bombons no meio da tarde e coisas assim. Não bastasse isso, de vez em quando se submetiam a testes de sangue para medir hormônios envolvidos com a saciedade. Cruzadas todas essas informações, os cientistas notaram que não fazia muita diferença distribuir todas as porções protéicas ao longo das refeições ou deixá-las para o almoço e o jantar. No entanto, caprichar na proteína do café-da-manhã, ah, isso sim, era uma ajuda e tanto, capaz de multiplicar por quatro, muitas vezes até por cinco a intensidade e a duração da sensação de saciedade. "Por que isso acontece? Bem, nós ainda não sabemos. Mas trata-se da primeira evidência científica de que o horário de consumo das proteínas faz diferença e uma revelação assim, sem dúvida, pode ajudar pessoas que precisam perder peso de uma maneira mais saudável, sem apelar para saídas malucas." O especialista lembra que, por ironia, muita gente prefere comer mais proteínas à noite e comenta que um café-da-manhã capaz de prevenir ataques de fome não tem nada de outro mundo, "principalmente nos países onde as pessoas têm o bom hábito de tomar leite no desjejum." Ele aconselha que você complemente o leite desnatado com duas porções de alimentos protéicos. Uma porção equivaleria a um ovo cozido ou uma omelete simples preparada sem gordura ou feita só de claras; duas fatias finas de peito de peru ou de presunto light ou, ainda, de queijo light também; uma colher de sopa de queijo cottage; um copo de iogurte desnatado batido com adoçante, entre outros exemplos.

Para saber mais (fonte): Revista Saúde

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Obesidade Infantil já é epidemia no estado do Rio de Janeiro

O tratamento para obesidade infantil, uma enfermidade crônica acompanhada de diversas complicações, tem sido cada vez mais procurado no ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), vinculado à Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Crianças acima do peso, subalimentadas e anêmicas são atendidas diariamente por uma equipe formada por nutricionista, psicóloga, endocrinologista, pediatra e assistente social. Má alimentação e sedentarismo são as principais causas da obesidade infantil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo. No Brasil, a doença cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos. Para a coordenadora de Endocrinologia do Iede e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do Rio de Janeiro, Vera Leal, a obesidade infantil no estado do Rio de Janeiro cresceu com gravidade e se transformou em uma epidemia. "O grande problema há uns anos era a desnutrição e está havendo uma transição para a obesidade, uma obesidade que não é saudável por diversos aspectos. Muitas vezes as crianças obesas são desnutridas, pois não se alimentam corretamente", explica. A doença crônica, que tem sido a principal produtora do aumento de casos de diabetes e problemas cardiovasculares em crianças, pode ser causada por fatores genéticos, ambientais (devido aos hábitos alimentares da família) e hormonais. O sedentarismo está entre um dos principais inimigos dos jovens. "Crianças que não fazem exercícios e não têm uma alimentação adequada podem sofrer, futuramente, de obesidade. As merendas nas escolas também são fatores que influenciam na má alimentação", diz a endocrinologista, Latife Tyszler. Segundo Vera Leal, a pior gordura é a abdominal. A pessoa obesa por um todo é diferente da que tem a gordura concentrada no abdômen. A gordura visceral é a preditora de risco de um individuo ter doença coronariana e diabetes. Praticar atividade física pelo menos três vezes por semana e consumir alimentos saudáveis podem evitar e controlar a obesidade em crianças, que sofrem os mesmos riscos de um adulto acima do peso. "O pilar do tratamento é dieta e exercício. O uso de medicamentos para tratar crianças abaixo de 12 anos não é autorizado. O maior estímulo para envidar esforços no tratamento da obesidade infantil é que esta é a fase na qual podemos mudar o estilo de vida. A criança, sendo criada em um ambiente onde possua alimentação balanceada, não terá que mudar seus hábitos alimentares ao se tornar adulta. Esse será o estilo de vida dela. Tenho notado que estamos conseguindo bons resultados", afirma.

Para saber mais (fonte): SEGS Portal Nacional

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Controlar índice de açúcar no sangue reduz risco cardíaco em diabéticos, diz pesquisa

Uma pesquisa divulgada  no congresso mundial da ADA (American Diabetes Association), em São Francisco, sustenta que diabéticos que controlam baixos níveis de açúcar no sangue contribuem para reduzir os riscos de morte por doenças no coração. O estudo, batizado de "Advance", foi realizado com 11.140 diabéticos do tipo 2 com risco ou histórico de problemas cardíacos. A pesquisa afirma ter encontrado o nível ideal do controle glicêmico --6,5% da hemoglobina glicada (uma análise do sangue que mede a concentração de glicose nos últimos três meses). Esse índice, segundo o estudo, reduz em 12% o risco de morte por problemas cardíacos e ainda diminuiu em 14% a possibilidade de diabéticos desenvolverem problemas macrovasculares (coração) e em 6% de microvasculares (em pequenos vasos, como retina e rins). As conclusões contestam um estudo do governo norte-americano publicado em fevereiro, que afirmou ter detectado mais mortes por eventos cardíacos em pacientes que tiveram o índice glicêmico controlado em 6,4%. O estudo "Accord", feito com 10 mil portadores de diabetes do tipo 2 e divulgado em fevereiro de 2008, concluiu que o controle glicêmico em 6,4% aumentou o risco de morte. Os pesquisadores chegaram a interromper a pesquisa por causa do índice de mortes considerado alto. Além de contestar os resultados do "Accord", o "Advance" conclui ainda que, com a manutenção do índice glicêmico em 6,5%, caiu em 30% o número de complicações renais nos pacientes. "Esse é um dado bom, porque cerca de 75% dos diabéticos acabam desenvolvendo problemas nos rins em algum momento", disse o médico Leão Zagury, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e autor do livro "Diabetes sem Medo". Durante os testes, os pesquisadores australianos utilizaram nos pacientes a substância glicazida MR (medicamento usado para reduzir o nível de glicemia) combinado a uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares. Com essa fórmula, a pesquisa afirma ter chegado à diminuição da incidência de eventos e da mortalidade por problemas cardíacos em 12%.

Para saber mais (fonte): Folha Online

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Apenas 30% dos biscoitos são "zero trans"

biscoito

Mesmo com as pressões do governo e da sociedade, ainda são encontrados nos  supermercados muitos alimentos ricos em gordura trans. Dos biscoitos vendidos no país, por exemplo, apenas 30% são considerados "zero trans", de acordo com a Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. No Brasil, até agora, a única medida concreta do governo foi a inclusão, em 2006, do item "gordura trans" na tabela nutricional impressa no rótulo dos alimentos. "Isso foi ótimo. Agora temos de perder o hábito de olhar só o preço e a data de validade e ver também a composição dos produtos", diz a médica Maria Cristina Izar, da direção da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O Ministério da Saúde discute com os fabricantes a adoção de prazos para que os supermercados fiquem livres dessa gordura, como ocorre no Canadá e na Dinamarca. O governo espera obter algum compromisso da indústria até o final do ano. A gordura trans aumenta o LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom) no sangue. Essa combinação causa aterosclerose, um perigoso acúmulo de placas de gordura na parede dos vasos sangüíneos. Isso, em casos extremos, resulta em ataque cardíaco e AVC (acidente vascular cerebral), os males que mais matam no Brasil.

Para saber mais (fonte): Folha Online

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O problema não é o colesterol, mas o excesso

Estudo aponta que dois terços da população de dez países da América Latina, Europa e Ásia não sabem que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Esse mesmo estudo, feito pelo Instituto Adelphi International Research junto a 1.547 pacientes e 700 médicos, apontou que no Brasil, 80% das pessoas não sabem que o colesterol alto pode causar ataques cardíacos, denominação popular para o infarto do miocárdio. O Ministério da Saúde estima que as doenças cardiovasculares causem em média 800 mil mortes por ano no Brasil. Encontrado exclusivamente nos produtos de origem animal, o colesterol é agrupado à família das gorduras. Além de estar presente nos alimentos que ingerimos (cerca de 30% é fornecido pela alimentação), a maior parte, cerca de 70%, é produzido no nosso corpo, principalmente pelo fígado. É o chamado colesterol endógeno. Geralmente associado à coisa ruim, o colesterol paga por quase todos os males do coração. Mas pouca gente sabe o quanto ele é importante para o bom funcionamento do organismo. O colesterol é indispensável na produção dos hormônios masculinos e femininos, na síntese de vitamina D, na construção e restauração contínua das membranas que envolvem as células, na composição do ácido biliar que regula a digestão dos alimentos, entre outras funções. Por isso, ninguém vive sem colesterol. O importante é tê-lo na medida certa, e para isso devemos monitorar os 30% que ingerimos através da alimentação. Importante lembrar aqui, que por defeito genético ou enzimático, existem pessoas que produzem muito colesterol no fígado; nesse caso, é extremamente importante que haja o acompanhamento de um cardiologista, com o objetivo de monitorar as taxas do colesterol endógeno. O colesterol em excesso costuma depositar-se sob a forma de placas nas paredes interiores das artérias, processo chamado de aterosclerose. Esses depósitos de gordura ricos em colesterol atraem compostos de cálcio que engrossam e enrijecem ainda mais as artérias, levando a arteriosclerose. Com isso, a passagem do sangue é obstruída e coloca em risco o funcionamento do coração, podendo levar ao infarto agudo do miocárdio. No sangue, o colesterol pode estar livre ou fazendo parte das chamadas lipoproteínas (um aglomerado de colesterol, proteínas e gorduras que circulam pelas artérias e veias). O colesterol conhecido como LDL é o que participa da formação das placas de gordura que obstruem as artérias. Sua elevação é indesejável e deve ser combatida. Chamamos o LDL de "colesterol ruim". Já o colesterol contido nas lipoproteínas HDL, chamado de o "bom colesterol", não participa do processo de obstrução das artérias e tem ainda um efeito protetor, porque retira o colesterol dos tecidos e o leva para o fígado onde é eliminado ou reaproveitado. Portanto, quanto maior forem os níveis de HDL, mais se evita a obstrução das artérias pela aterosclerose. O colesterol só existe em alimentos de origem animal, contudo, alimentos ricos em gorduras saturadas também favorecem o aumento do colesterol no sangue. Por isso, limitar apenas a ingestão de colesterol não é suficiente para se prevenir a aterosclerose. Assim, os alimentos que devem ser evitados por quem sofre com o problema ou quer preveni-lo são a gema de ovo (a clara pode ser consumida à vontade), fígado, frutos do mar, miúdos, manteiga, maionese, gordura de carnes (inclusive pele de aves), embutidos (lingüiça, salsicha, salame, presunto), sorvetes, leite integral, queijos amarelos, alimentos produzidos com gordura hidrogenada (gordura vegetal), etc. Por serem fontes abundantes de gordura saturada, o coco fruta, leite de coco, azeite de dendê e manteiga de cacau (ingrediente dos chocolates) também devem ser evitados. Para a grande maioria das pessoas que está com o nível de colesterol ligeiramente aumentado, outras soluções devem ser tentadas antes do recurso aos medicamentos. As pesquisas estão apontando três soluções para as pessoas que estão um pouco acima dos níveis normais. Uma delas é o exercício físico. Estudos recentes estão demonstrando que a prática de exercícios pode ajudar na redução do colesterol ruim, o LDL. Outra solução é a perda de peso. Embora indivíduos magros possam ter também níveis elevados de colesterol, pesquisas mostram que indivíduos que estão com quilos acima do peso, têm uma redução importante nos níveis de colesterol quando conseguem retornar ao peso normal. O outro caminho é o da alimentação equilibrada, ou melhor, ainda, do uso correto de alimentos capazes de reduzir o mau colesterol, aumentando o HDL, o bom colesterol. Como pesquisadora em alimentos funcionais, vejo esta solução como a mais promissora. Na lista de alimentos que ajudariam o bom colesterol e diminuiriam os riscos do mau colesterol estão as fibras, presentes em cereais integrais como a aveia, cevada, centeio, e na casca de frutas como maçã e bagaço de laranja; o ômega-3, um tipo de gordura presente em peixes marinhos como sardinha, atum, salmão, anchova, cavalinha, etc; as proteínas da soja e suas isoflavonas, encontradas em alimentos à base de soja; o resveratrol, uma substância presente em uvas roxas e no vinho tinto (2 cálices ao dia); pigmentos encontrados em vegetais como o tomate vermelho (licopeno), amoras, cerejas e framboesas (antocianinas), entre outros que estão sendo investigados.

Para saber mais (fonte): Vya Estelar

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Chocolate amargo reduz pressão em 15 dias, diz estudo

chocolate Comer alguns gramas de chocolate meio-amargo enriquecido por dia durante duas semanas pode ajudar a reduzir os riscos de doenças cardíacas, sugere um estudo publicado na edição de setembro da revista científica "Journal of Nutrition". Segundo a pesquisa, compostos conhecidos como flavonóides, presentes no cacau, principal ingrediente do chocolate, seriam os responsáveis pela ação benéfica do alimento. Isso porque os flavonóides impulsionam o aumento da produção de óxido nítrico - uma substância química produzida pelo corpo que atua no relaxamento e dilatação das artérias. O consumo de chocolate enriquecido com os compostos ajudaria na redução da pressão sangüínea e da resistência à insulina - fatores que contribuem para diminuir o risco de doenças cardíacas. "Nossa descoberta sugere que uma dieta com alimentos à base de cacau ricos em flavonóides e pouco calóricos pode ter um impacto positivo nos fatores de risco das doenças cardíacas", diz o estudo. Mas June Davison, especialista da British Heart Foundation (BHF), que trabalha para combater doenças cardíacas, afirmou que é preciso ter cautela com a dieta. "É importante lembrar que o chocolate é normalmente parte do problema de saúde cardíaca, não a solução", disse. "Todo mundo pode comer um chocolate de vez em quando. No entanto, comer cinco porções de frutas e vegetais é a melhor maneira de consumir antioxidantes sem ter que se preocupar com a gordura e o açúcar do chocolate", concluiu.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Paradoxo nutricional

O Brasil vive uma transição nutricional paradoxal. Um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública revela a prevalência crescente tanto de anemias como de obesidade no país. A pesquisa, que analisou trabalhos realizados nas últimas três décadas, aponta que essa tendência estaria associada a mudanças no consumo alimentar. A pesquisa analisou 28 trabalhos publicados sobre anemia em crianças e mulheres em idade reprodutiva, considerando a representatividade estatística, padronização de técnicas laboratoriais e critérios recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o estudo do sobrepeso e obesidade, o trabalho avaliou o Índice de Massa Corporal (IMC). Os resultados revelam que, a cada década em que o exame foi feito, a desnutrição regrediu e a obesidade evoluiu”, disse Batista Filho à Agência FAPESP. Embora o país venha superando o problema da fome, a nova pesquisa aponta as anemias como um problema em ascensão. Um dos estudos anteriores feito no município de São Paulo, cujos dados foram utilizados, foi o caso mais representativo: a prevalência do problema das anemias aumentou de 22% para 46,9% nas duas últimas décadas, entre as crianças menores de 5 anos. “Trata-se de um problema que foi progredindo na surdina, sem muitas denúncias. Hoje existem estimativas de que dois terços da população mundial podem ter anemia. Houve redução nas formas mais graves, mas houve ampliação em relação às formas leves e moderadas de anemia”, acrescentou. Segundo Batista Filho, uma certa mitificação do leite na alimentação humana tem relação com o avanço da anemia. “O leite é muito importante na alimentação, mas ainda assim não pode ser considerado um alimento que necessariamente deve fazer parte da dieta para que exista condição para saúde normal. Ele não é rico em ferro e inibe o aproveitamento de ferro de outros alimentos. No estudo feito em São Paulo, verifica-se que, em grande parte, o leite está sendo co-responsável pela ocorrência de anemia em crianças”, disse. As grandes mudanças na situação nutricional da população adulta resultaram, segundo a nova pesquisa, em um aumento do sobrepeso e obesidade. Em relação à evolução do estado nutricional, segundo o IMC, foi identificado um declínio no baixo peso e uma estabilização em níveis aceitáveis a partir de 1989, enquanto a obesidade triplicou em homens, elevando-se de 2,8% para 8,8%. Entre as mulheres, a ocorrência de obesidade, que, inicialmente, era três vezes maior do que em homens, manteve-se praticamente estável em torno de 13% nas avaliações efetuadas em 1989 e 2003. No mesmo período, a prevalência de normalidade antropométrica, que era de 71,4% entre os homens em 1974, caiu para 47,4% na última avaliação. Entre as mulheres, a prevalência da normalidade antropométrica, segundo o IMC, declinou de 53,4% para 42,7%. De acordo com Batista Filho, o novo paradigma nutricional gera a necessidade de se avançar para além dos problemas relacionados à fome. “Agora temos que pensar nos aspectos qualitativos da alimentação e não simplesmente compensá-la com calorias. Alimentação saudável não se reduz ao problema da fome, mas tem relação com vários outros aspectos nutricionais e de saúde.” “Temos de retirar um pouco do centro da discussão a questão da fome em si, e colocar agora um tema bem mais amplo, que seria o da alimentação saudável para todos os ciclos de vida. Hoje, inclusive, se percebe que quando estamos cuidando da alimentação da criança estamos cuidando do escolar, da gestante, do trabalhador e das populações idosas do futuro”, reforçou.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Paulistas não associam colesterol a problema do coração, mostra estudo

Pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), realizada pelo Instituto DataFolha, aponta que 85% dos paulistas não consideram o colesterol um fator de risco para o coração, apesar de a metade já ter feito exame para avaliar a taxa de gordura no sangue. O estudo indica que apenas 8% dos entrevistados associam o colesterol a possíveis causas dos problemas cardiovasculares. A pesquisa da Socesp sobre fatores de risco cardiovascular foi feita com 2.096 pessoas, entre 14 e 70 anos, em 85 cidades do Estado de São Paulo. O presidente da entidade, Ari Timerman, destaca que o resultado mostra que a população jovem é a que menos sabe sobre colesterol, sendo a que pior se alimenta. "Os jovens entre 14 e 17 anos preferem os lanches aos legumes, frutas e verduras. Já entre as pessoas de menor poder aquisitivo o grande vilão é a falta de dinheiro." A pesquisa revelou também que 88% dos entrevistados não sabem indicar de forma espontânea o valor do LDL (colesterol ruim) quando está alterado; apenas 4% indicaram como alterado, quando o LDL é maior que 100 mg/dl; 5% indicaram 200 mg/dl; e 1% apontou 300 mg/dl. O nível desejado de colesterol LDL é menos do que 100 mg/DL. Um total de 89% dos entrevistados não sabe que existe HDL (colesterol bom) e o índice de desconhecimento em relação as taxas ideais também é alto entre homens e mulheres. Metade dos entrevistados nunca mediu a taxa de gordura do sangue. Entre os que mediram, 47% avaliaram há menos de seis meses; 24% entre seis meses e um ano; 15% entre um e dois anos; 14% avaliaram o colesterol há mais de dois anos. "O ideal é avaliar o colesterol a cada ano", lembra Timerman. E, 74% revelaram que o resultado obtido pelo exame foi normal, 22% disseram que a taxa estava alterada e 4% não lembram se estava normal ou alterada.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Álcool e desnutrição

Os pais têm um motivo a mais para se preocupar com o consumo excessivo de álcool por seus filhos adolescentes. Experimentos em ratos feitos por pesquisadores do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) indicam que o consumo da substância nessa fase da vida leva à redução da ingestão de alimentos e repercute negativamente no desenvolvimento nutricional. Por meio de medições semanais e diárias, observou-se que os ratos submetidos à solução hidroalcoólica de 20% consumiram menor quantidade de ração, enquanto os animais que só dispunham de água alimentaram-se normalmente. “Nos primeiros, o consumo de comida diminuiu, assim como o peso corporal, o percentual de gordura e a quantidade de albumina no corpo, uma das proteínas indicadoras de desnutrição", diz Rolim.  "A ingestão de álcool repercute de forma negativa no estado alimentar de adolescentes, justamente nessa fase em que as necessidades nutricionais são elevadas”, completa a nutricionista. Nos ratos que ingeriram solução hidroalcoólica a 10%, não foram observados efeitos significativos. No entanto, a nutricionista acredita que, com maior tempo de exposição, a solução poderia causar danos aos animais. A pesquisadora explica que, por se tratar de uma substância tóxica, o álcool lesa os órgãos do trato gastrointestinal (principalmente fígado e estômago), o que acaba afetando a nutrição. Segundo ela, o etanol também afeta a metabolização dos nutrientes. Rolim quer estudar agora outras bebidas alcoólicas e diferentes grupos etários e sexuais. Em seu doutorado, ela pretende testar soluções hidroalcoólicas equivalentes à cerveja e ao vinho, bebidas com teor alcoólico menor do que o estudado na primeira fase da pesquisa (aproximadamente 6%), observando seus efeitos em crianças, gestantes e idosos. “Um importante passo é a realização de testes com ratos do sexo feminino, uma vez que, atualmente, o consumo de bebidas alcoólicas entre homens e mulheres já não é tão discrepante.”

Para saber mais (fonte): Ciência Hoje

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Crianças com gene da obesidade 'não sabem parar de comer'

Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos apontou que crianças com duas cópias do gene da obesidade têm mais dificuldades de saber a hora de parar de comer. A pesquisa britânica foi divulgada na publicação científica Clinical Endocrinology & Metabolism. A equipe, do University College of London e do King’s College, acompanhou 3 mil crianças entre 8 e 11 anos para avaliar o impacto do gene FTO - um dos primeiros a serem apontados como o vilão da obesidade - na queima de calorias e no apetite. Os especialistas consideraram o tamanho, peso e circunferência da cintura das crianças e aplicaram um questionário aos pais com perguntas sobre o comportamento dos filhos durante as refeições. Eles observaram que as crianças que carregam o gene FTO duplicado tendem a comer demais, e a apresentar dificuldades em perceber quando já estão satisfeitas. Os cientistas afirmaram que os efeitos do gene no apetite independem de idade, sexo, condição sócio-econômica e índice de massa corporal. Estudos anteriores mostraram que adultos com duas cópias do gene FTO estão, em média, 3 quilos acima do peso, enquanto os que carregam uma cópia do gene são, em geral, 1,5 quilo mais pesados. A coordenadora da pesquisa, Jane Wardle, disse que as crianças com o gene FTO duplicado têm mais tendência a comer além do necessário. "Essas pessoas são mais vulneráveis ao ritmo de vida moderno, que nos confronta com grandes porções de comida e várias oportunidades para comer o tempo todo", disse a pesquisadora. A especialista ponderou que a ação do gene FTO isoladamente pode ser relativamente pequena. "Muitos genes contribuem para a obesidade e o apetite. Cada um tem uma pequena parcela de culpa que, quando somadas, criam um efeito significativo."

Para saber mais (fonte): BBC Brasil

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Crianças com menos de dois anos não devem ingerir açúcar

Não há a necessidade dos bebês ingerirem água, chás e outros alimentos. Eles devem se alimentar exclusivamente de leite materno. Depois dos seis meses, é necessário introduzir uma alimentação complementar, formada por cereais, grãos, verduras, legumes, frutas e carnes. As informações são do doutor Ary Lopes Cardoso, pediatra e nutrologista responsável pela unidade de nutrologia do Instituto da Criança do Hospital das Clinicas. Ele diz que, na medida em que a criança vai crescendo, os alimentos devem ser engrossados, para que o bebê aprenda a digerir a comida. "Muitas pessoas acreditam que o neném tem que ter dente para mastigar, mas o ideal é que ele comece a mastigar papinhas pastosas já no sexto mês", explica o doutor. O pediatra diz que a refeição da criança pode ser preparada com óleo, sal, salsinha, cebola e alho, para que fique saborosa. Os pais devem impor limites nas crianças pequenas sobre o consumo de guloseimas, para que aprendam a dosar quando estiver diante delas na escola ou em uma festa infantil. Segundo o médico, antes de completar dois anos de idade, não é recomendado que os bebês consumam açúcar. "O docinho de festa, o pirulito, a bala, o refrigerante, não devem ser introduzidos para crianças menores de dois anos. Isso certamente contribui para que a criança tenha menor risco de, no futuro, ser diabético, hipertenso, ou ter uma dislipidemia (doenças relacionadas à coronária ou à obstrução de artérias)", explica.

Fonte: Diabete Net

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O resveratrol, abundante no vinho, confirma os benefícios da bebida para a saúde

vinhouva

O resveratrol, antioxidante abundante no vinho tinto, desacelera a deterioração do  organismo, sobretudo as funções cardiovasculares ligadas à idade, segundo o observado em cobaias sumetidas a um regime alimentar normal, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira. Esta pesquisa, conduzida e financiada em parte pelo Instituto nacional americano sobre o Envelhecimento (NIA), foi realizada após os resultados dos trabalhos de 2006 que mostraram que o resveratrol melhorava a saúde dos ratos que sofriam de excesso de peso. As conclusões do último estudo confirmam os resultados das pesquisas anteriores levam a pensar que o resveratrol, uma molécula encontrada nas uvas e nas amoras, principalmente, imita entre os ratos certos efeitos da redução de calorias, meio mais eficaz descoberto até agora para minimizar os efeitos da idade e prolongar a vida entre os mamíferos. Eles destacaram ainda que sua pesquisa foi baseada em ratos e não em humanos e, portanto, não podem aplicar imediata e diretamente às pessoas cuja saúde é submetida a uma variedade de fatores totalmente diferentes dos que afetam os animais de laboratório. Este estudo mostrou sobretudo que o resveratrol impediu nos ratos a deterioração de suas funções cardiovasculares resultantes do envelhecimento e do excesso de peso, como indicaram vários dados. O colesterol total foi nitidamente reduzido entre os ratos de 22 meses e não obesos após dez meses de tratamento com resveratrol. Além disso, a aorta dos ratos de 18 meses obesos e normais que tomaram um complemento de resveratrol funcionava muito melhor que as dos outros animais do estudo. Enfim, o resveratrol diminuiu a inflamação cardíaca. Este antioxidante também melhorou o equilíbrio e a coordenação motora dos ratos mais velhos e vários outros sinais vitais. Mas apesar desta melhora das funções vitais os ratos tratados com resveratrol, estes cientistas não constataram um aumento notável de sua longevidade.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sabor do Alimento x Leite Materno

leitebb Uma pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, indica que o sabor de  alimentos consumidos pela mãe durante o período de amamentação passa para o leite materno em questão de minutos. Esse estudo foi publicado pela revista New Scientist. No estudo, os cientistas pediram a 18 mulheres que fornecessem amostras de leite materno antes e depois de consumirem cápsulas com sabores distintos. Segundo a pesquisa, o sabor de banana pôde ser detectado por uma hora após o consumo. O gosto de mentol durou oito horas.De acordo com o experimento, os sabores de alcaçuz e sementes de cominho atingiram o máximo de concentração no leite materno em uma média de duas horas depois do consumo. Além disso, os pesquisadores verificaram que os sabores de frutas não-cítricas alteraram o sabor do leite materno apenas levemente, e que os elementos químicos presentes na cenoura e nas frutas cítricas produziram mudanças mais visíveis. Helene Hausner, que liderou a pesquisa, afirmou que os resultados preliminares sugerem que uma variação de sabores no leite materno pode fazer com que o bebê aceite melhor novos sabores. "A amamentação pode preparar a criança para mudanças de sabores quando elas começarem a ingerir alimentos sólidos", disse. Ela acrescentou que mães que utilizam leite em pó podem conseguir o mesmo efeito se mudarem a marca de vez em quando. Para a pesquisadora britânica Gill Rapley, o estudo demonstra que as mães não precisam ficar excessivamente preocupadas se sua dieta é capaz de prejudicar a saúde do bebê, já que os sabores dos alimentos desaparecem rapidamente do leite materno.  Nas observações feitas pelo estudo da Universidade de Copenhague, o gosto do leite materno mudou apenas por algumas horas na maioria dos casos.

Fonte: BBC Brasil