sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Entenda a relação entre obesidade e diabetes

Quase sempre as pessoas que são diabéticas e estão com excesso de peso, são incentivadas pelo seu médico a fazer um regime para emagrecerem. Infelizmente, na maior parte dos casos, isto não acontece. Afinal, por que tanta preocupação em emagrecer? O que há entre diabetes e excesso de peso? Em primeiro lugar é importante lembrar que excesso de peso, algumas vezes, não quer dizer gordura, nem o fato de uma pessoa não estar acima do peso normal, quer dizer que ela seja magra. Um grande atleta pode pesar mais do que o "ideal" pela tabela de peso e altura e não ser gordo e sim musculoso, portanto ele não precisa perder peso. Uma pessoa que nunca ou quase nunca fez exercícios, pode estar dentro da tabela de peso e altura, ter o peso ideal, e por ter pouca musculatura, ter mais "tecido gorduroso" do que o ideal. Voltando à razão pela qual pedimos aos pacientes diabéticos gordos para emagrecerem, podemos resumir dizendo que a "gordura" piora as condições do diabético. Em todas pessoas, diabéticas ou não, o aumento do tamanho das células gordurosas faz com que as necessidades de insulina aumentem. Acontece que as células gordurosas e de outros locais onde a insulina é necessária (fígado e músculos), têm "receptores" onde as moléculas de insulina se encaixam. Com o aumento de tamanho das células de gordura, diminui o número de seus receptores; e elas respondem menos a uma quantidade de insulina que antes era suficiente. Para vencer essa resistência é necessária uma maior quantidade de insulina. Se esta pessoa tiver diabetes, não insulino dependente, e só com a dieta ela estivesse controlada, pode ser que precisasse de hipoglicemiantes orais. Se já estiver usando hipoglicemiantes orais, ela precisará de maior dosagem, ou pode ser que os hipoglicemiantes, mesmo nas maiores doses usadas, não sejam suficientes e elas precisarão usar insulina. No caso de quem já está usando insulina, uma maior dose é necessária. O inverso acontece quando se perde peso. Alguns que usavam insulina passam a se controlar melhor com menor dose, outras deixam de usar insulina e se controlam com comprimidos. Outros diminuem a dose dos comprimidos hipoglicemiantes e outros conseguem controlar o seu diabetes, deixando de usar hipoglicemiantes orais. Este mesmo tipo de resposta do organismo acontece com diabéticos que não estando com glicemias acima de 300 mg, passam a praticar regularmente uma atividade física. Assim o excesso de peso deve ser controlado no paciente diabético, não só por ser um problema estético, ou para melhora global da saúde, mas principalmente porque auxilia e muito no controle da doença. Portanto melhore o controle de seu diabetes e reduza a necessidade que seu organismo tem de medicamentos e/ou insulina: perca peso.

Para saber mais (fonte): Portal Diabetes

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Consumo de ovos não causa aumento excessivo de colesterol, diz estudo

Um estudo realizado por pesquisadores britânicos chegou à conclusão de que, ao contrário do que diz a crença popular, o consumo de ovos não provoca um aumento excessivo de colesterol, nem causa riscos de infarto. O relatório elaborado por dois especialistas da universidade inglesa de Surrey confirmou que o verdadeiro perigo para o colesterol está na gordura saturada. Segundo a crença popular, a presença deste elemento na gema seria a causa do aumento do nível de colesterol no sangue. Além disso, mais de 40% dos britânicos acreditam que deve-se comer, no máximo, três ovos por semana, para prevenir problemas de saúde.  Entretanto, os pesquisadores concluíram que o efeito do colesterol presente nos ovos é insignificante do ponto de vista clínico. No estudo, os cientistas constataram que apenas um terço do colesterol sanguíneo se origina na dieta. Os ingleses ainda afirmaram que os outros fatores que aumentam os níveis de gordura no sangue - e o risco de infarto - são o fumo, o sedentarismo e a obesidade. "Deve-se ovocorrigir este erro enraizado que vincula o consumo de ovos ao alto colesterol no sangue", disse o professor Bruce Griffin. "A quantidade de gorduras saturadas  na dieta exerce um efeito no colesterol sanguíneo que é muito maior que a relativamente pequena quantidade de colesterol dos ovos", acrescentou. Griffin também garantiu que as pessoas não precisam limitar o consumo deste alimento. "As pessoas não devem fazer limitações do consumo de ovos. Elas podem até ser encorajadas a incluí-los em uma dieta saudável, já que são altamente nutritivos", disse.

Para saber mais (fonte): Terra

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Escolas não fazem sua parte no combate à obesidade infantil, alertam especialistas

Crianças pequenas, mesmo aquelas que costumam brincar ao ar livre, tendem a não ser fisicamente ativas na escola, segundo um estudo da Universidade da Carolina do Sul. Baseados nos resultados, os especialistas alertam que as escolas não estão cumprindo seu papel no combate à epidemia de obesidade infantil nos Estados Unidos.  No levantamento, os pesquisadores notaram que 89% das crianças com idades entre três e cinco anos são sedentárias durante o período em que passam na escola; e apenas 3% praticavam atividades físicas de moderadas a vigorosas. E isso ocorria mesmo considerando as atividades ao ar livre oferecidas pelas escolas. Além disso, segundo os especialistas, as crianças receberiam pouco encorajamento de seus professores para serem fisicamente ativas. “Os baixos níveis de atividades físicas das crianças e a falta de encorajamento dos adultos aponta para a necessidade de os professores organizarem, ‘modelarem’ e encorajarem a prática de atividades físicas”, destacaram os pesquisadores. E parte desse encorajamento, segundo os autores, seria a inclusão de itens como bolas principalmente nas brincadeiras ao ar livre. “Porque a saúde e o bem-estar físico das crianças são parte importante do desenvolvimento, sua atividade física precisa ser aumentada com o objetivo de promover estilos de vida saudáveis, particularmente em pré-escolares que estão crescendo em famílias de baixa renda e que estão sob maior risco de piores resultados de saúde”, concluiu o pesquisador William H. Brown.

Para saber mais (fonte): Nutrição Virtual

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Há quanto tempo o soro fisiológico e o catchup estão na geladeira?

catchup

Diarréias, vômitos, dor de barriga e alergias são alguns dos sintomas que podem ser  desencadeados por alimentos vencidos. Não é só a data de validade impressa nos rótulos, entretanto, que garante a qualidade do que é consumido. É necessário também prestar atenção no prazo de utilização do produto após aberto. "A deterioração é mais rápida quando o alimento entra em contato com o ar, onde pode encontrar fungos e bactérias", explica Carmen Cecília Tadini, professora do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP. Depois de abertos, alimentos como catchup e mostarda perdem a integridade rápido, por isso é importante prestar atenção ao prazo de validade disponível no rótulo. "Não temos o hábito de relatar este tipo de problema causado por alimentos aos postos de saúde, o que impede que tenhamos um banco de informações mais completo sobre a quantidade de casos de intoxicação ou infecção alimentar no país", diz a professora. Ela explica que os consumidores devem ficar atentos quando utilizarem marcas desconhecidas, por exemplo, e recomenda que relatem eventuais problemas, inclusive aos fabricantes. A professora ainda diz que não se deve retirar a parte contaminada por fungos de um produto e consumir seu restante. "A presença desses microoganismos pode indicar a existência de outros, invisíveis a olho nu". Carmen sugere também atenção maior com os produtos em promoção, já que o desconto ocorre, muitas vezes, por causa da aproximação de seu vencimento. Assim como a validade dos alimentos, seu prazo de utilização após abertos pode variar de acordo com a marca. O fabricante deve indicar no rótulo as condições de uso e armazenamento do produto - se deve ser mantido em geladeira ou consumido logo após sua abertura, por exemplo. "O fabricante determina a validade baseado em seus estudos sobre a deterioração do produto. É ele quem conhece as técnicas e o processo de produção de seu alimento e quem melhor pode indicar seus potenciais e limites", diz Isabel de Lelis Andrade Moraes, diretora da Divisão Técnica de Produtos do Centro de Vigilância Sanitária Estadual, de São Paulo. Ela ressalta que, caso não encontrem essas informações nas embalagens, os consumidores devem cobrar dos fabricantes e relatar o fato a órgãos como o Centro de Vigilância Sanitária, que monitora diversos alimentos encontrados no mercado. Apesar do costume de armazenar potes de catchup e mostarda por vários meses na geladeira, após a abertura a validade destes alimentos diminui drasticamente. Entre as marcas pesquisadas pelo UOL Ciência e Saúde, o prazo recomendado pelos fabricantes para o consumo de catchup variou de 14 dias e dois meses depois de aberto. Já para a mostarda este tempo é de 30 ou 45 dias após a abertura da embalagem. Problemas de armazenamento desses produtos, como uma eventual falta de energia elétrica ou o hábito de abrir a geladeira com muita freqüência também podem fazer o prazo diminuir. "O maior problema é quando as embalagens de catchup e mostarda são recarregadas, como costuma ser feito em muitos estabelecimentos comerciais. O contato com o ar e com utensílios de cozinha, entre outros, pode contaminar estes alimentos", diz Pedro Manuel Leal Germano, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP. Por outro lado, ele explica que o baixo PH dos produtos dificulta a proliferação de microorganismos, diminuindo os riscos. O soro fisiológico também não deve ser guardado por muito tempo após ser aberto. A recomendação é que ele seja adquirido em embalagens menores para ser consumido mais rapidamente. "Além disso, o soro deve ser armazenado na geladeira depois de aberta a embalagem", ressalta Germano. Isso porque as temperaturas baixas dificultam a proliferação de fungos ou outros microorganismos. A professora Carmen ainda lembra que o cuidado com esse tipo de material deve ser redobrado, pois ele é utilizado em pessoas com imunidade mais baixa, como idosos e doentes. Entre as marcas pesquisadas pelo UOL Ciência e Saúde, a recomendação é de que o soro seja utilizado em 15 dias depois de aberto ou que o produto seja descartado se o líquido não estiver límpido, incolor, transparente ou inodoro. Alimentos em conserva, como os palmitos, precisam de controle mais rigoroso, tanto em seu processo de fabricação, quanto ao serem armazenados em casa, pois podem sofrer contaminação pela toxina botulínica, que causa o botulismo - doença que atinge o sistema nervoso e pode levar a morte. "Palmitos só devem ser adquiridos de marcas reconhecidas e nunca em beiras de estrada", alerta Germano. A professora Carmen explica que esses alimentos não devem ser guardados em locais quentes, que favorecem o desenvolvimento da toxina botulímica. "Deve-se evitar deixar as compras no porta malas do carro por muito tempo, por exemplo", diz. "O ideal é que esses alimentos sejam consumidos o mais rápido possível", ressalta a professora. Nas marcas de palmito pesquisadas pelo UOL Ciência e Saúde, a recomendação de consumo varia de utilização imediata do alimento a até três dias após sua abertura. Eles devem ser guardados na geladeira após abertos e no próprio líquido da conserva, que tem o PH adequado para evitar contaminações. Enlatados precisam de cuidados especiais ao serem comprados. De acordo com Germano, um verniz interno impede que a lata entre em contato com os alimentos. Quando as embalagens estão amassadas, entretanto, essa proteção se rompe e o alimento pode sofrer reações e liberar substâncias tóxicas, por exemplo. "Nesses casos, nada garante a qualidade dos produtos e sua validade diminui", explica. Latas estufadas também podem indicar a presença de bactérias no interior da embalagem e devem ser evitadas. O professor recomenda que alimentos como o molho de tomate, depois de abertos, sejam armazenados num recipiente de vidro ou louça e cobertos com filme plástico. Por ser bastante ácido, entretanto, o molho de tomate não é facilmente contaminado por bactérias, explica Germano. Entre as marcas pesquisadas, a recomendação é que o molho de tomate seja consumido em cerca de três a cinco dias após aberta a embalagem, prazo parecido com o do creme de leite em lata - que varia de dois a cinco dias.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cientistas desvendam processo inflamatório associado ao diabetes

Um estudo publicado na edição de fevereiro da revista Cell Metabolism indica como a inflamação cumpre um papel no diabetes. Segundo os pesquisadores, há uma maior concentração de um fator inflamatório em pessoas com diabetes tipo 2, que seria responsável pela redução da quantidade de células beta no pâncreas e pelo declínio de sua capacidade de produzir e excretar insulina. Em testes com amostras de células retiradas de pessoas com diabetes tipo 2 e de outras sem a doença, especialistas dos Estados Unidos, da Alemanha e da Suíça notaram uma quantidade mais de 30 vezes maior do fator inflamatório CXCL10 em pessoas com diabetes. E, quando expostas a essa substância, as células beta eram reduzidas em número e na habilidade de fazer e liberar insulina. Além disso, os cientistas descobriram que uma proteína no sistema imunológico – chamada TLR4 – é usada pelo fator inflamatório no processo que afeta as células do pâncreas. Baseados nas descobertas, eles acreditam que podem usar essa proteína para encontrar uma forma de parar o processo, prevenindo o desenvolvimento da doença ou reduzindo seu impacto. “Prevenir tal progressão usando alvos anti-inflamatórios do processo de sinalização da TLR4 será de grande importância para resgatar a célula beta da auto-destruição induzida por inflamação e para preservar a função e a massa da célula beta”, explicaram os pesquisadores.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Leite em pó infantil evolui, mas está longe de ter anticorpos

leitepo

O esforço é grande: aproximar da versão natural as "fórmulas infantis para lactentes",  nome completo das bebidas em pó que substituem o leite materno em casos específicos de impedimento ou dificuldade de amamentação. A tendência é acrescentar à proteína modificada do leite de vaca (base da maioria das fórmulas) componentes semelhantes aos presentes no leite materno e equilibrar os teores de gorduras e proteínas, para que o produto tenha composição semelhante à do original. Daniele Bitu teve de dar fórmula à filha Ana Luisa ainda no primeiro mês de vida. "À medida que se avança no conhecimento dos componentes do leite humano, as fórmulas melhoram", diz a pediatra Roseli Sarni, presidente do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.  A exemplo disso, a zootecnista Roberta Claro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo), desenvolveu uma gordura à base de banha de porco e óleo de soja para ser usada na composição de fórmulas infantis. De acordo com a pesquisadora, a nova substância poderia substituir a gordura usada atualmente, de origem vegetal, e diminuir alguns dos desconfortos intestinais, como prisão de ventre e cólica. O produto passará por testes em animais e, depois, em humanos. No entanto, mesmo com todo o ânimo da comunidade científica, as semelhanças do produto artificial com o leite materno têm limitações. As novas formulações podem até conter fibras, probióticos ou gorduras da família do ômega 3 (importantes para o desenvolvimento do sistema nervoso), em uma tentativa de imitar as substâncias encontradas no leite materno. Mas é a combinação perfeita desses elementos que propicia efeitos benéficos ao bebê, e não somente sua simples presença em um produto. "Nem sempre o fato de isolar um nutriente traz os mesmos benefícios. Há poucos estudos que mostram o que se deve esperar dessas substâncias, existe uma dúvida mundial sobre o assunto", diz Sarni. As limitações são ainda mais absolutas do ponto de vista imunológico. "Não dá para sintetizar em laboratório as células vivas, os anticorpos da mãe que são passados para a criança", afirma Mário Cícero Falcão, pediatra e nutrólogo da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Essa característica "viva" do leite humano é impossível de ser copiada. Ele varia conforme a fase da vida do bebê e a experiência da mãe --ela transmite proteção contra doenças que já adquiriu em algum momento da vida, por exemplo-- e ainda muda de sabor se a alimentação da mãe varia. "Nesses termos, podemos dizer que a fórmula infantil é estática e que o leite materno é dinâmico", comenta a gastroenterologista pediátrica e nutróloga Jocemara Gurmini, do Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba. Segundo os especialistas, priorizar o aleitamento materno é sempre a melhor alternativa. "As mães podem achar mais difícil amamentar, querer desistir, é uma sedução dar a mamadeira. Mas é preciso insistir o máximo possível", diz Eduardo Troster, coordenador do CTI pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein. Hoje com nove meses, Fabrício Laruccia, filho de Cláudia Menezes, teve de tomar fórmula infantil no primeiro mês de vida. Mas, ainda que haja bastante esforço, o pediatra pode detectar a necessidade de complementar o aleitamento com o produto artificial. A publicitária Cláudia Menezes, 40, teve de introduzir a fórmula na dieta de seu filho, Fabrício Laruccia, hoje com nove meses, quando ele tinha um mês. "Saí do consultório chorando e pensando 'como assim meu leite não dá?'. Existe um sonho, um orgulho muito grande em amamentar, e, além disso, tinha medo de que ele rejeitasse o peito depois", conta. Como preconizam os especialistas, Cláudia continuou amamentando no peito e complementava com pequenas porções da fórmula infantil. Ainda assim, o bebê teve prisão de ventre e regurgitação por conta do produto artificial. Ela teve de trocar de marca para minimizar o desconforto do filho e, para que ele não rejeitasse o peito, usou uma mamadeira com bico número zero --o menor tamanho disponível, que oferece dificuldade ao bebê-- para que ele não perdesse o costume de sugar. Para evitar que o bebê fique "preguiçoso", a mãe deve oferecer o leite em mamadeira com furo pequeno --de ponta-cabeça, o líquido deve gotejar, e não formar um fio--, em um copinho ou em uma colher. O objetivo é sempre dar um pouco de trabalho para o bebê na hora de sorver o líquido. Os pediatras também orientam a quantidade de fórmula que deve ser oferecida ao bebê como complemento do leite materno. "Durante todo o tempo meu médico me passou orientações, dizendo que não era para trocar em momento nenhum. Em toda mamada eu colocava minha filha para sugar o peito", diz a advogada Daniele Bitu, 28, mãe de Ana Luisa Bitu Ferraz, de quatro meses. Ana Luisa perdeu peso nos primeiros 15 dias de vida e o pediatra receitou a complementação com leite artificial, que Daniele oferecia na colher, para que a criança não perdesse o costume de sugar o peito. Seja amamentação mista, seja somente à base de fórmula, a dieta da criança durante os primeiros seis meses deve seguir o mesmo calendário do aleitamento materno exclusivo. A orientação formal é a de não oferecer outros alimentos ou bebidas, já que a fórmula supre as necessidades mais importantes do bebê. "O que falta não pode ser introduzido em alimentos isolados", explica Roseli Sarni, da Unifesp.  Mas vários pediatras sugerem a introdução dos primeiros alimentos ainda nesse período. Daniele Bitu, por exemplo, começou a dar à filha Ana Luisa papinhas de frutas e pequenas quantidades de suco já no quarto mês de vida. Nos seis meses posteriores, o bebê deve consumir as chamadas fórmulas de seguimento, ainda específicas para o seu organismo imaturo, e alimentos que serão gradativamente introduzidos em sua dieta. Leite de vaca integral, com proteínas demais para o bebê (até cinco vezes mais do que o leite materno), não deve ser oferecido antes de a criança completar o primeiro ano de vida. Para evitar riscos de contaminação, o ideal é preparar a fórmula com água fervida ou bem filtrada --água mineral geralmente não contém flúor, pode estar velha na prateleira e ter problemas de controle microbiológico. O pó deve ser misturado no líquido à temperatura mínima de 70 ºC, porque as fórmulas podem conter uma bactéria específica que sobrevive em temperaturas inferiores. Por esse mesmo motivo, o leite deve ser preparado na hora de servir ou usado em, no máximo, duas horas. O restante da bebida que entrou em contato com a boca do bebê deve ser descartado em seguida.

Para saber mais (fonte): Folha Online

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Obesidade aumenta riscos de artrite no joelho e nos quadris, indica estudo

A obesidade aumenta os riscos de artrite grave no joelho e danos no quadril, segundo estudo da Universidade Lund, na Suécia. Os cientistas descobriram que, entre cerca de 2,6 mil idosos islandeses, homens e mulheres que estavam acima do peso eram mais propensos a ter substituição total do joelho por causa da artrite. As mulheres com sobrepeso eram 60% mais propensas ao à ciruirgia, e as obesas tinham quatro vezes maior risco. Homens com sobrepeso tinham 70% maior risco, que era cinco vezes maior para os obesos. No caso da substituição articular do quadril, os homens obesos estavam novamente sob maior risco (70% maior), porém isso não foi observado entre as mulheres. As razões para essa diferença entre homens e mulheres ainda não estão claras, mas os resultados alertam para a importância de se manter um peso saudável.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Micróbios da obesidade

Um universo grande em uma pequena área. Em termos numéricos e de diversidade, as bactérias no intestino de uma única pessoa superam toda a população humana no planeta. São dezenas de trilhões de microrganismos de milhares de famílias genéticas distintas que compõem o microbioma que ajuda o organismo a realizar uma grande variedade de funções digestivas e regulatórias, muitas das quais ainda pouco compreendidas. Como essa mistura microbiana está ligada a mudanças associadas à obesidade, ela se configura uma questão clínica importante que tem recebido bastante atenção da pesquisa médica. Agora, um novo estudo indica que a composição dos micróbios no intestino pode conter uma chave para uma das causas da obesidade e, consequentemente, o prospecto de um futuro tratamento para o problema que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Em artigo publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Science, um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos descreve uma relação entre diferentes populações microbianas no intestino e peso corporal. A ligação foi verificada em três grupos distintos de indivíduos: com peso normal; que passaram por cirurgia de redução do estômago; e pacientes com obesidade mórbida. A obesidade é uma condição séria associada com diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e outros problemas. Segundo os autores do estudo, populações microbianas distintas no intestino fazem com que o corpo precise de mais energia, tornando-o mais suscetível a desenvolver obesidade. São diferenças pequenas, mas que, com o tempo, afetam grandemente o peso do indivíduo. A pesquisa feita em voluntários identificou que a composição microbiana em pessoas obesas era diferente da de indivíduos com peso normal e também daqueles que passaram por cirurgia para redução do estômago. Para os cientistas, o resultado sugere que as drásticas mudanças anatômicas promovidas pela cirurgia afetam o microbioma, o que colaboraria para apontar a eficácia do procedimento no tratamento da obesidade. Os pesquisadores destacam que o estudo é preliminar e que mais trabalhos são necessários para estabelecer as diferenças na composição da microbiota do intestino de acordo com diferenças em idade, dieta e prática de exercícios. Mas apontam a importância da relação encontrada entre as populações microbianas e a obesidade.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP