sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Obesidade Infantil já é epidemia no estado do Rio de Janeiro

O tratamento para obesidade infantil, uma enfermidade crônica acompanhada de diversas complicações, tem sido cada vez mais procurado no ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), vinculado à Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Crianças acima do peso, subalimentadas e anêmicas são atendidas diariamente por uma equipe formada por nutricionista, psicóloga, endocrinologista, pediatra e assistente social. Má alimentação e sedentarismo são as principais causas da obesidade infantil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo. No Brasil, a doença cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos. Para a coordenadora de Endocrinologia do Iede e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do Rio de Janeiro, Vera Leal, a obesidade infantil no estado do Rio de Janeiro cresceu com gravidade e se transformou em uma epidemia. "O grande problema há uns anos era a desnutrição e está havendo uma transição para a obesidade, uma obesidade que não é saudável por diversos aspectos. Muitas vezes as crianças obesas são desnutridas, pois não se alimentam corretamente", explica. A doença crônica, que tem sido a principal produtora do aumento de casos de diabetes e problemas cardiovasculares em crianças, pode ser causada por fatores genéticos, ambientais (devido aos hábitos alimentares da família) e hormonais. O sedentarismo está entre um dos principais inimigos dos jovens. "Crianças que não fazem exercícios e não têm uma alimentação adequada podem sofrer, futuramente, de obesidade. As merendas nas escolas também são fatores que influenciam na má alimentação", diz a endocrinologista, Latife Tyszler. Segundo Vera Leal, a pior gordura é a abdominal. A pessoa obesa por um todo é diferente da que tem a gordura concentrada no abdômen. A gordura visceral é a preditora de risco de um individuo ter doença coronariana e diabetes. Praticar atividade física pelo menos três vezes por semana e consumir alimentos saudáveis podem evitar e controlar a obesidade em crianças, que sofrem os mesmos riscos de um adulto acima do peso. "O pilar do tratamento é dieta e exercício. O uso de medicamentos para tratar crianças abaixo de 12 anos não é autorizado. O maior estímulo para envidar esforços no tratamento da obesidade infantil é que esta é a fase na qual podemos mudar o estilo de vida. A criança, sendo criada em um ambiente onde possua alimentação balanceada, não terá que mudar seus hábitos alimentares ao se tornar adulta. Esse será o estilo de vida dela. Tenho notado que estamos conseguindo bons resultados", afirma.

Para saber mais (fonte): SEGS Portal Nacional

Nenhum comentário: