quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Cientistas relacionam vírus de resfriado à obesidade

A obesidade pode ser contraída por meio de um vírus semelhante ao de um resfriado, afirmaram cientistas americanos, embora analistas britânicos ponham em xeque essa correlação. Uma equipe de especialistas do Pennington Biomedical Research Centre, da Louisiana, acredita que o adenovírus, altamente infeccioso, que se dissemina através da tosse ou de mãos sujas, faz com que se multipliquem as células adiposas. Os cientistas norte-americanos descobriram que os frangos e ratos de laboratório infectados por esse vírus engordavam muito mais rapidamente que os animais não contagiados - embora ingerissem a mesma quantidade de comida. "O vírus entra nos pulmões e se propaga rapidamente pelo corpo. Viaja para vários órgãos e tecidos, como o fígado, os rins, o cérebro e o tecido adiposo", declarou o diretor da equipe, Mikhil Dhurandhar à rede "BBC". "Quando o vírus chega ao tecido adiposo, ele se replica, produz mais cópias de si mesmo, um processo que por sua vez aumenta o número células adiposas, o que pode explicar a expansão desse tecido" no corpo, assinalou o professor Dhurandhar. Segundo o cientista, esse tipo de efeito do vírus continua muito tempo após os infectados se recuperarem do resfriado.

Para saber mais (fonte): Folha On Line

sábado, 24 de janeiro de 2009

Elas não resistem à fome

brownie Pense na sua comida preferida – aquela deliciosa lasanha, um bife suculento ou um irresistível brownie de chocolate. Agora, tente suprimir a sua vontade de comer. Você terá mais sucesso nessa difícil tarefa se for homem, segundo um estudo americano que monitorou a atividade do cérebro de indivíduos diante de suas comidas preferidas. Mesmo proibidas de nutrir desejo pelo alimento, as mulheres não conseguiram deixar de ter vontade de comer, ao contrário dos homens, que conseguem controlar melhor a fome. Os resultados, publicados esta semana na revista PNAS, poderiam explicar a maior incidência de obesidade entre elas. Durante o experimento, 10 homens e 13 mulheres que estavam em jejum foram expostos às suas comidas preferidas – delícias como pizza, hambúrguer, churrasco e sorvete. Depois, cada um recebeu a ordem de suprimir qualquer desejo de comer. Durante essas duas etapas, os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral dos indivíduos com tomografia por emissão de pósitrons. Nos voluntários de ambos os sexos, a visão do alimento provocou aumento do metabolismo cerebral e da fome. Mas quando os indivíduos foram orientados a suprimir a vontade de comer, apenas o cérebro dos homens apresentou diminuição da ativação de um conjunto de regiões relacionadas à regulação da satisfação e da motivação para comer, entre elas a amídala e o córtex orbitofrontal. Já nas mulheres, não houve queda na ativação dessas regiões e elas continuaram com desejo de comer, mesmo ao tentar suprimi-lo. Os autores acreditam que o padrão de desativação verificado nos homens mostra que várias regiões do cérebro precisam ter a atividade reduzida para que o indivíduo vença o desejo de comer. Como isso não ocorre no cérebro das mulheres, elas têm mais dificuldade de resistir aos alimentos. “Elas têm um controle cognitivo mais fraco das respostas do cérebro quando estimuladas pela comida em comparação aos homens”, diz à CH On-line o médico Gene-Jack Wang, do Laboratório Nacional de Brookhaven (Estados Unidos), autor principal do artigo. Segundo os autores, as descobertas feitas na pesquisa explicam porque a obesidade atinge principalmente as mulheres. “A dificuldade de suprimir o desejo de comer faz com que as mulheres tenham mais dificuldade de controlar o peso”, afirma Wang. “Isso contribui para que a incidência de obesidade e de outros distúrbios alimentares seja maior entre elas.” Wang lembra que o estudo amplia o conhecimento sobre a obesidade, o que ajuda na prevenção e no tratamento da doença. “Vimos que o desenvolvimento da obesidade envolve múltiplos circuitos cerebrais”, ressalta. “Isso sugere que a prevenção e o tratamento dessa doença deveriam ter uma abordagem ampla, que poderia combinar terapias com remédios e mudanças de estilo de vida.” 

Para saber mais (fonte): Ciência Hoje

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Antidepressivos e obesidade

antidepressivo

Apesar de diversos estudos, feitos em diferentes países, indicarem uma associação  estreita entre os efeitos colaterais de antidepressivos e o estado nutricional dos pacientes, a mudança de peso atribuída ao tratamento com esses medicamentos ainda é bastante controverso. É o que aponta uma análise feita pela pesquisadora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Helicínia Espíndola Peixoto, que avaliou dados da literatura científica segundo os quais é de duas a cinco vezes maior a prevalência da obesidade em pacientes psiquiátricos tratados farmacologicamente, quando comparados à população em geral. “As alterações no peso corporal em pessoas que tomam antidepressivos são multifatoriais e podem estar relacionadas, além dos diversos efeitos colaterais da droga, à melhora da doença ou à própria sintomatologia da depressão”, disse Helicínia à Agência FAPESP. A também pesquisadora do Departamento de Nutrição do Hospital São Vicente de Paulo, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal e especializado no atendimento de pacientes psiquiátricos, realizou um levantamento nas bases de dados Medline, Lilacs e Cochrane a fim de analisar artigos que descrevem a influência dos antidepressivos tanto no ganho como na perda de peso. No levantamento, tiveram prioridade os textos relacionados às drogas mais utilizadas nos serviços de saúde no Brasil. Foram encontradas 697 citações de trabalhos, que avaliaram 22 drogas de classes heterogêneas de antidepressivos. A maioria teve como objetivo avaliar a eficácia, a segurança ou a tolerabilidade de novas drogas. Entre os medicamentos estudados estavam antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina e antidepressivos de nova geração. Segundo Helicínia, as alterações corporais também podem ser influenciadas por fatores como o tempo de uso e a dosagem dos medicamentos. “Além do tipo de antidepressivo que o paciente utiliza, essas alterações no peso dependem da individualidade bioquímica de cada pessoa, além de outros fatores característicos da própria doença que podem alterar o peso corporal”, disse. Os estudos analisados sobre a fluoxetina, por exemplo, droga antidepressiva freqüentemente utilizada no tratamento da obesidade, mostra que esse medicamento pode ter efeito na inibição do apetite. “Ao mesmo tempo, em alguns pacientes depressivos, esse efeito pode ser transitório, levando a pequena perda de peso nas primeiras semanas de uso e a efeito contrário após o período, o que reforça os resultados ainda incertos sobre o uso desse tipo de droga para o tratamento da obesidade”, destacou.  Além dos poucos dados conclusivos que relacionam de forma direta os efeitos dos antidepressivos no peso corporal, a pesquisadora ressalta que o eventual ganho de peso devido ao uso prolongado desses medicamentos, sugerido por alguns autores, pode levar o paciente a abandonar o tratamento, gerando efeitos colaterais importantes no tratamento da depressão. “Ao ganhar peso, o paciente pode ficar mais deprimido e parar de tomar remédio”, disse. Em contrapartida, no que diz respeito aos antidepressivos associados à diminuição do apetite, como a fluoxetina, Herlicínia sugere uma avaliação minuciosa do custo-benefício do seu uso como coadjuvante no tratamento da perda de peso. “Em pacientes portadores de transtornos depressivos, a promoção de hábitos alimentares e o estilo de vida saudáveis continuam sendo os principais instrumentos para garantir o controle de peso e sua manutenção, além de ambos serem protagonistas na prevenção da obesidade”, disse. A depressão está entre as dez doenças mais freqüentes no mundo, tendo prevalência, no Brasil, de aproximadamente 17% ao longo da vida de indivíduos adultos. “A obesidade é uma das doenças físicas mais comuns e crônicas na sociedade moderna e a depressão é a condição psicológica mais prevalente”, aponta Herlicínia, que também é professora das Faculdades JK, em Brasília. “Embora haja alta prevalência para essas duas condições, a exploração de qualquer associação entre elas tem sido limitada pelos pesquisadores. O transtorno depressivo, por si só, possui características que podem influenciar no peso, ao mesmo tempo que a obesidade também pode dificultar a adesão ao tratamento farmacológico”, disse.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Crianças gordas já são o dobro das desnutridas, diz pesquisador

A epidemia global de obesidade infantil chegou a níveis catastróficos. Segundo pesquisadores, o número de crianças gordas no mundo já é o dobro do de desnutridas. São 350 milhões acima do peso ou obesas, o que corresponde a 10% da população mundial nessa faixa etária. "Estamos diante de uma crise global", disse Philip James, pesquisador britânico líder da International Obesity Task Force e um dos maiores especialistas do mundo no assunto. Trata-se de uma epidemia disseminada pela cultura do fast-food e do sedentarismo que, para os especialistas, precisa ser combatida com ações tanto educativas quanto regulatórias. Não basta esperar que as pessoas emagreçam sozinhas, por preocupações estéticas ou mesmo de saúde, alertou James. Estudos demonstram que, por razões ainda não compreendidas, o cérebro de obesos interpreta o excesso de gordura como algo a ser preservado. Ou seja: o cérebro de uma pessoa gorda 'faz força' para que ela permaneça gorda, por meio de estímulos nervosos e hormonais. "Uma vez que você entra na obesidade, é muito difícil sair. É preciso lutar contra o próprio cérebro", disse James ao jornal O Estado de S. Paulo, após um debate sobre o tema na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston. Obesos são mais suscetíveis a doenças como diabete, hipertensão e colesterol alto.
Para a pesquisadora Christina Economos, da Universidade Tufts, a solução precisa ser trabalhada em múltiplos ambientes para incentivar mudanças comportamentais desde o quarto da criança até o refeitório da escola. Uma receita básica: menos televisão, menos internet, mais brincadeiras, mais verduras e menos batatas fritas. "Nós excluímos o exercício das nossas vidas, e isso pode ser até mais prejudicial do que a quantidade de calorias que ingerimos", disse Christina. Segundo ela, não se trata só de praticar esportes ou freqüentar a academia, mas preservar hábitos simples, como caminhar até a escola ou brincar na rua com os amigos.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vacina antigripe em grávidas protege o bebê, diz estudo

As vacinas contra gripe administradas em grávidas a mais de um mês do parto protegem os bebês contra a doença durante os seis primeiros meses de vida, segundo pesquisadores. "Imunize e mãe e você protegerá o bebê", disse por telefone o pediatra Mark Steinhoff, da Escola de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins. As vacinas não são autorizadas para menores de seis meses, justamente a faixa etária que mais sofre hospitalizações por causa de gripes. Em teste com 340 grávidas em Bangladesh, as vacinas reduziam o risco de gripe em 63 por cento e o risco de doenças respiratórias como um todo em 29 por cento. No grupo das mães vacinadas, houve 6 bebês com gripe; no grupo das mães que receberam uma outra vacina, houve 16 casos. Também nas mães vacinadas a propensão a febres e doenças respiratórias caiu 36 por cento. Steinhoff disse que há anos os médicos sabem que a imunização da grávida pode ser transferida ao bebê, e não havia por que duvidar que fosse assim com a vacina da gripe. "Sempre imaginamos que fosse assim, mas ninguém havia feito o estudo antes." Desde 1997 as autoridades dos EUA recomendam que grávidas se vacinem contra a gripe, conselho que em geral as mulheres ignoram, segundo o médico. O novo estudo, publicado na revista New England Journal of Medicine, pode mudar isso. "Pode convencer mais mães a dizerem: 'Ei, isso realmente me ajuda e ajuda o bebê", disse ele. Só 15 por cento das grávidas recebem a vacina a cada ano nos EUA. As grávidas de Bangladesh que participaram do estudo receberam a vacina no terceiro trimestre de gestação, porque em 2004 e 2005, a época do estudo, essa era a recomendação. Atualmente, aconselha-se a vacina às grávidas durante a temporada de gripe, embora ela possa levar um mês para desenvolver a proteção no bebê.

Para saber mais (fonte): Yahoo Notícias

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Consumo de grãos integrais ajuda a reduzir gordura abdominal e inflamações

Cereais A redução no consumo de calorias ajuda a perder peso, porém, quando ela é acompanhada de um maior consumo de grãos integrais, há maior redução na gordura abdominal e nos níveis de uma proteína inflamatória no sangue chamada de proteína C reativa (PCR). Essa foi a conclusão de um estudo realizado nos Estados Unidos com 50 pessoas que apresentavam síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como gordura abdominal e pressão alta. Todos os participantes tiveram que cortar o consumo de calorias por 12 meses, mas apenas metade deveria consumir grãos integrais. No final, todos haviam perdido de 3,5 a 4,5 kg de peso, mas aqueles que consumiram alimentos integrais perderam mais gordura abdominal e tiveram uma significativa redução nos níveis de PCR, que ficaram inalterados nos que continuaram comendo alimentos feitos de farinha.

Para saber mais (fonte): Cornélio Notícias