sexta-feira, 28 de março de 2008

Gosto de adoçante engana a língua, mas não o cérebro

Um experimento elaborado por um neurocientista brasileiro mostrou que a habilidade dos animais para identificar alimentos doces -e calóricos- vai muito além da língua. Usando camundongos geneticamente alterados, um grupo liderado por Ivan de Araújo, da Universidade Yale, de Connecticut (EUA), mostrou que o cérebro sabe inconscientemente quando o corpo ingere comidas "pesadas" mesmo numa situação onde é impossível sentir gosto do açúcar ou algo calórico.
A descoberta, descrita em um estudo na revista científica "Neuron", reforça a noção de que os adoçantes não-calóricos, como a sucralose e a sacarina, não são tão bons assim em "enganar" o estômago de quem está de dieta.
Os animais usados no experimento de Araújo tiveram o DNA alterado para se tornarem incapazes de sentir o gosto adocicado -tanto de açúcar quanto de adoçantes. Mesmo assim, desenvolveram preferência por beber água de um reservatório com açúcar.
Segundo Araújo, é provável que o sistema nervoso saiba medir o nível sangüíneo de glicose -ou de insulina, o hormônio da saciedade- e programar uma reação. "Mas algumas pessoas têm falado muito na presença de receptores gustativos no trato gastrointestinal", diz. "De alguma forma o trato gastrointestinal estaria "saboreando" aquilo que é digerido, e isso poderia prover algum tipo de sinal ao sistema nervoso."
Segundo Swithers, seu trabalho e o de Araújo podem vir a ter uso em nutriacucarouadocanteção e endocrinologia. "O tipo de processo examinado em animais deve operar também em humanos", diz. "Mas é claro que humanos têm mecanismos adicionais que roedores não têm."
A pesquisadora americana mostrou qual pode ser o resultado de criar desequilíbrio entre o sabor e o valor nutritivo da comida. "Mimetizar o gosto dos alimentos calóricos em versões "diet" pode não ser suficiente para você sustentar o consumo do produto menos calórico no longo prazo", diz Araújo.

Para saber mais (fonte): Folha UOL

quarta-feira, 26 de março de 2008

Estudo indica como a freqüência das refeições pode afetar a saúde

Dois artigos recentemente publicados nas revistas científicas "American Journal of Clinical Nutrition" e "Metabolism", mostram que comer apenas uma refeição no dia pode ser muito prejudicial à saúde, em comparação com as tradicionais três refeições diárias. No estudo que originou ambos, os voluntários foram divididos em dois grupos – o primeiro passaria oito semanas consumindo todas as calorias do dia em apenas uma refeição; enquanto o outro consumiria a mesma quantidade de calorias diárias, mas divididas em três refeições; e, após esse período, as pessoas trocavam de grupo para mais oito semanas. E os pesquisadores observaram que aqueles que comiam apenas uma refeição tinham um significativo aumento no colesterol total, no colesterol "ruim", na glicose e na pressão sangüínea, além de atraso na resposta à insulina, apesar da leve redução no peso e na gordura corporal, em comparação com os consumidores de três refeições diárias.

Para saber mais (fonte): Blog Boa Saúde

segunda-feira, 24 de março de 2008

Anvisa autoriza novos edulcorantes em alimentos

Três novos aditivos edulcorantes poderão ser utilizados em alimentos no Brasil: a taumatina, o eritritol e o neotame. É o que estabelece a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a norma da Anvisa reduz o limite máximo de uso de algumas dessas substâncias, que já eram autorizadas pela Agência, e estabelece quais os alimentos em que os edulcorantes podem ser utilizados. De acordo com a gerente substituta da Gerência de Ações de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Anvisa, Daniela Arquete, "o uso de aditivos edulcorantes só se justifica em alimentos nos quais há a substituição total ou parcial do açúcar".

Edulcorantes - Aditivos edulcorantes são substâncias - diferentes dos açúcares - que conferem sabor doce aos alimentos. Dentre os aditivos edulcorantes mais conhecidos estão o aspartame, a sacarina e o ciclamato, comumente utilizados, por exemplo, em adoçantes artificiais e em refrigerantes de baixo teor calórico.

A nova lista de aditivos edulcorantes contempla 16 substâncias. "A legislação brasileira de aditivos alimentares é positiva, ou seja, um aditivo só pode ser utilizado pela indústria quando estiver explicitamente definido em legislação específica, com suas respectivas funções, limites máximos de uso e categorias de alimentos permitidas", explica Arquete.

Para saber mais (fonte): Anvisa

terça-feira, 18 de março de 2008

Adolescentes e sedentarismo

Uma pesquisa realizada na capital baiana demonstrou que 65% dos adolescentes são sedentários, e metade deles fica mais de quatro horas diante da TV, do computador e de jogos eletrônicos. O problema que vem acometendo cada vez mais a população infanto-juvenil é apontado pela cardiologista como um questão de saúde pública. Segundo ela, o sedentarismo é um dos principais fatores de risco para a obesidade. “A criança com excesso de peso tem 80% de se tornar um adolescente obeso e, conseqüentemente, um adulto nessa mesma situação”. “As crianças vivem dentro de casa. Não brincam mais nas ruas, não andam de bicicleta, não jogam bola, não correm. Ficam em casa defronte das TVs, dos computadores e dos jogos. Essa prática faz com que as crianças se tornem obesas”, ressaltou a especialista.

DICAS

Como evitar o sedentarismo:

- Compre presentes de aniversário e natal que estimulem o movimento, como patins;
- Envolva outros parentes e amigos nas suas atividades;
- Dê ênfase à diversão, não à técnica;
- Seja voluntário em eventos de atividade física na escola de seus filhos;
- Descubra atividades, na sua comunidade, como trilhas, piscinas, parques, clubes e outros;
- Planeje festas e férias onde movimentos e jogos estejam sempre presentes. Em vez de comemorar o aniversário com uma festinha, reúna os amigos e parentes e passe o dia num parque.

Hábitos alimentares importantes:

- A ingestão energética deve ser equilibrada;
- Atividades físicas e de jogos esportivos devem ser praticados diariamente;
- Evitar o sedentarismo, deixando a criança não mais do que duas horas por dia em frente à TV, ao videogame e / ou computador;
- Oferecer legumes, frutas e verduras durante as refeições;
- Leite e derivados devem ser consumidos diariamente;
- Crianças e adolescentes que apresentam hábitos alimentares inadequados devem contar com a intervenção da família;
- Os pais precisam controlar o que os seus filhos comem e quais são os momentos adequados para o consumo de cada tipo de alimento;
- É fundamental que os pais adotem o modelo “coma o que eu como” e não “coma o que eu mando”.

Para saber mais (fonte): Portal Diabetes

sexta-feira, 14 de março de 2008

Inibidores de apetite no Brasil

O Brasil foi citado como destaque negativo no relatório anual da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), pelo aumento do uso de drogas inibidoras de apetite. O órgão fiscaliza a aplicação das convenções da ONU sobre o controle de drogas. O relatório 2007, divulgado nesta quarta-feira, ressalta que o Brasil continua sendo o país em que mais se consome os chamados anorexígenos, seguido da Argentina e dos Estados Unidos. Na América, o consumo desse tipo de estimulante (como fentermina, fenpropex, anfepramona e fendimetracina) é três vezes maior do que no resto do mundo. Essas drogas podem causar dependência e, no Brasil, o problema do uso indiscriminado se agrava com as compras de medicacápsulasmentos e preparados farmacêuticos contrabandeados, sem nenhum controle médico. Com a constatação do quadro, a Jife solicita ao governo brasileiro medidas rápidas contra o uso indevido dos estimulantes. Também recomenda a monitoração de possíveis exageros na indicação de anorexígenos e controle dos canais de distribuição das substâncias deste tipo.

Para saber mais (fonte): Notícias UOL

segunda-feira, 10 de março de 2008

Cresce número de casos de anorexia após os 50 anos

A Associação Britânica de Especialistas em Dieta (BDA, na sigla em inglês) divulgou um alerta sobre o aumento no número de casos de distúrbios alimentares como bulimia e anorexia nervosa entre mulheres acima dos 50 anos no Reino Unido.
Segundo a diretora da BDA, Ursula Philpot, as mulheres mais velhas que apresentam anorexia e bulimia já representam 10% das pacientes de transtornos alimentares tratadas no país. Ela afirma também que os especialistas observaram um aumento no número de homens em tratamento.
Um porta-voz da BDA afirmou à BBC Brasil que a principal preocupação dos especialistas é encontrar o tratamento correto para estes novos casos. Segundo ele, há necessidade de alterar os tratamentos para contemplar os casos de anorexia nervosa e bulimia entre mulheres acima dos 50 anos.
"Há uma discussão sobre a criação de um novo tratamento a ser usado especialmente nestes casos", explicou o porta-voz.
O aumento no número de pacientes acima dos 50 anos que apresentam distúrbios alimentares também foi observado no Brasil.
Em entrevista à BBC Brasil, o médico Táki Cordás, fundador do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas de São Paulo (Ambulim), afirmou que a equipe criou um centro especial para tratar essas pacientes e que o tratamento é similar ao das pacientes anoréxicas mais jovens.
"Algumas mulheres depois dos 50 anos ficaram deformadas pelo abuso das cirurgias plásticas. Acredito que a obsessão pelas plásticas e o aumento no número de pacientes com transtornos alimentares acima dos 40 anos podem ser fenômenos correlacionados", concluiu o médico.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

terça-feira, 4 de março de 2008

Sal x Obesidade em crianças

sal Um estudo com dados de 1.600 crianças, os pesquisadores concluíram que aquelas que têm uma dieta alta em sal têm tendência a beber mais líquido, inclusive refrigerantes e refrescos adoçados com açúcar. Segundo os cientistas, ao cortar pela metade o consumo diário médio de sal de 6 gramas por dia, as crianças estariam cortando 250 calorias de sua dieta semanal.Segundo a equipe, reduções de 10% a 20% da quantidade de sal são imperceptíveis pelos receptores gustativos humanos. Muitos dos alimentos processados destinados às crianças são salgados em nome do sabor. "O nível de sal desses produtos chega a quase o mesmo nível que a água do mar.", relata o médico. Um porta-voz da British Heart Foundation disse que a melhor rotulagem de alimentos ajudaria os pais a escolher alimentos mais saudáveis para suas famílias."Quando as crianças consomem alimentos salgados regularmente com bebidas adoçadas e calóricas, isso pode representar problemas duplos para o futuro da saúde de seus corações." "Esse relatório é mais uma prova de que as crianças têm que receber apoio para fazer escolhas saudáveis em termos de alimentos e evitar serem obesas ou aumentar sua pressão sangüínea."

Para saber mais (fonte): O Globo Online