sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Obesos correm mais risco de serem hospitalizados com asma, diz estudo

Pessoas obesas com asma são quase cinco vezes mais propensas a serem hospitalizadas por causa da doença respiratória, comparadas aos asmáticos não-obesos, segundo estudo publicado no “Journal of Allergy and Clinical Immunology”. Estudos anteriores já indicavam que os obesos têm maior probabilidade de sofrer asma e um pior controle da doença. Mas essa é a primeira pesquisa a controlar outros fatores de risco que poderiam explicar a relação obesidade-asma, como o tabagismo, o uso de alguns tipos de medicamentos e fatores demográficos. Avaliando 1113 pacientes com 35 anos ou mais e que sofriam de asma persistente, os pesquisadores notaram que os obesos tinham consideravelmente pior controle da asma, menor qualidade de vida relacionada à doença e 4,6 vezes mais chances de serem hospitalizados por causa do problema do que os não-obesos. Eles também apresentavam maior risco de refluxo gastroesofágico, sério problema de indigestão. “Considerando que muitas pessoas são obesas, este estudo é ainda outro exemplo dos riscos em longo-prazo da obesidade, juntamente com doença cardíaca, diabetes, derrame e demência”, disse o pesquisador David Mosen, do Centro de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, nos Estados Unidos. Baseados nos resultados, os especialistas recomendam que pessoas obesas com asma sejam acompanhadas com mais cuidado por causa de sua maior dificuldade em controlar o problema respiratório, que os deixam mais propensos a internações. Da mesma forma, alertam que esses pacientes devem estar atentos para os sintomas e se esforçar para perder peso.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Uma a cada quatro crianças que dormem pouco adquire sobrepeso

Um quarto das crianças que dormem menos de 10 horas por noite adquire sobrepeso aos seis anos de idade, segundo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá. E, de acordo com os autores, cerca de 90% das crianças com idades entre seis meses e seis anos têm pelo menos um problema relacionado ao sono, como terror noturno, ranger de dentes ou xixi na cama. Os especialistas destacam que, para a maioria, é uma fase passageira, mas pelo menos 30% das crianças nessa idade têm dificuldades em dormir seis horas seguidas – seja porque não conseguem cair no sono, ou por não permanecerem dormindo. E esses problemas de sono podem estar associados a problemas de aprendizado e até ao risco de sobrepeso e hiperatividade. Avaliando dados de mais de mil crianças, os pesquisadores descobriram que 26% das crianças que dormem menos de 10 horas por noite entre os dois anos e meio e os seis anos apresentam sobrepeso – 18,5% estão acima do peso ideal, enquanto 7,4% são classificados como obesos. Essa taxa de sobrepeso cai para 15% entre aqueles que dormem 10 horas por noite, e para 10% entre os que dormem 11 horas. Os pesquisadores acreditam que a razão para essa relação está em mudanças hormonais causadas pela falta de sono. “Quando dormimos menos, nosso estômago secreta mais do hormônio que estimula o apetite”, explicou o pesquisador Jacques Montplaisir, do Hospital Sacré-Coeur. “E também produzimos menos do hormônio cuja função é reduzir o consumo de alimentos”, completou. E as sonecas não amenizavam o problema. Além disso, a falta de sono foi associada à hiperatividade – 22% das crianças que dormiam menos de 10 horas dos dois aos seis anos de idade eram hiperativas aos seis anos, o dobro da taxa daquelas que dormiam de 10 a 11 horas por noite. E aquelas que dormiam pouco tinham pior desempenho em testes cognitivos. Por isso, os especialistas defendem intervenções, desde o início da vida, para melhorar o sono das crianças e sua qualidade de vida.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

sábado, 22 de novembro de 2008

Mulheres obesas sofrem mais estresse, diz pesquisa

Mulheres que estão acima do peso vivem mais eventos estressantes do que as que têm um peso considerado normal, segundo um estudo realizado por pesquisadores americanos. O estudo, realizado por uma equipe do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, foi publicado na revista acadêmica "Preventive Medicine". Os pesquisadores analisaram 41.217 adultos. Os resultados mostraram que as mulheres que estão acima do peso têm mais chances de perder o emprego, ser vítimas de crime, cometer crimes ou enfrentar problemas financeiros. Segundo os pesquisadores, essas mulheres parecem sofrer mais especialmente no trabalho, onde se sentem mais discriminadas do que os colegas homens que estão acima do peso. Os cientistas dizem que alguns fatores podem explicar a conexão entre peso e eventos estressantes. Discriminação, por exemplo, pode levar a baixa auto-estima, o que faz com que as pessoas afetadas não lutem por seus direitos, perdendo promoções. Obesidade também está ligada a pobreza, o que, por sua vez, está ligado a criminalidade. A pesquisa classificou indivíduos de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) em pessoas acima do peso, obesas ou extremamente obesas. Quando indivíduos obesos ou extremamente obesos foram avaliados, as chances de relatar eventos estressantes foram maiores tanto entre mulheres como homens, em comparação com pessoas de peso considerado normal.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pizzarias são as campeãs de falta de higiene

pizza

As pizzarias lideram o ranking da falta de higiene entre os estabelecimentos que vendem comida industrializada no Estado de São Paulo. Um estudo da Secretaria de Estado da Saúde que acaba de ser concluído encontrou problemas relacionados à manipulação de alimentos em 31% dos locais que servem pizza visitados por equipes de vigilância sanitária estadual e municipais. Foram inspecionados 467 estabelecimentos comerciais no Estado entre os anos de 2005 e 2006. As churrascarias ficaram com a segunda pior colocação no quesito higiene, com 19% de reprovação no quesito “manipulação e manipuladores”, que avalia as condições de higiene e o estado de saúde dos funcionários, além das fases do pré-preparo e preparo dos alimentos, como seleção, higiene, congelamento, descongelamento e cozimento.  Entre as pastelarias avaliadas, 14% tiveram problemas relacionados à higiene, assim como 13% das padarias, 11% dos supermercados, 8% dos restaurantes e 6% das mercearias. Os estabelecimentos foram orientados para corrigirem o problema e, em casos mais graves, penalizados com medidas punitivas previstas pela legislação sanitária. “Nos últimos anos houve expressiva proliferação de pizzarias nos municípios paulistas, especialmente de estabelecimentos menores que realizam entregas em domicílio. Nesses locais é comum que os ingredientes fiquem expostos em potes abertos por longos períodos, em temperaturas inadequadas”, afirma Maria Cristina Megid, diretora do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria. “Os funcionários desses locais também precisam ser orientados sobre a higiene pessoal e o correto preparo dos alimentos”, alerta. Segundo a diretora do CVS, os profissionais pode contaminar alimentos por estarem doentes, terem hábitos inadequados de higiene ou realizarem operações de manipulação que provoquem a contaminação dos produtos, expondo os consumidores ao risco de doenças, especialmente de diarréia. Para o consumidor que costuma pedir pizza pelo sistema delivery a dica é sempre conhecer pessoalmente o estabelecimento, verificar a higiene do local, o acondicionamento dos ingredientes, a limpeza dos recipientes e o modo como os produtos são manipulados. Também é importante observar, por exemplo, se os funcionários usam uniformes limpos e se há pias no local para que eles lavem as  mãos.

Para saber mais (fonte): Sentir Bem

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

CCT aprova projeto que proíbe a presença de jovens muito magras nas passarelas e anúncios

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) aprovou há pouco projeto do senador Gerson Camata (PMDB-ES) que proíbe que a publicidade e os desfiles de moda empreguem modelos muito magras (PLS 691/07). Conforme a proposta, tanto nas passarelas quanto nos anúncios, fica vedada a participação de jovens com Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), relatora da matéria, disse que a proposta representa uma "ação de solidariedade" à juventude do país, que compromete a própria saúde - havendo registro de mortes por anorexia - na tentativa de alcançar os padrões de beleza adotados pelo mundo da moda e propagado pela mídia. A reunião foi encerrada depois da aprovação da proposta, que agora vai exame na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para decisão terminativa.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde 

sábado, 8 de novembro de 2008

Laticínios podem ajudar a manter o peso após dieta, indica estudo

Comer grande quantidade de laticínios pode ajudar as pessoas que estão tentando manter o peso a queimar mais gordura e comer mais calorias sem aumento de peso, segundo estudo encomendado pelo Conselho Nacional de Laticínios dos EUA. Avaliando 338 pessoas obesas que haviam feito dieta restritiva por três meses, o estudo não mostrou que comer as três porções de laticínios faz diferença em manter o peso perdido, mas indicou que essa prática por seis meses permite às pessoas comer mais calorias sem ganhar peso, comparado com pessoas que conslaticiniosomem menos de uma porção diária. E, segundo os autores, isso facilitaria a manutenção de uma dieta para manter o peso. Pesquisas anteriores mostram que uma dieta rica em cálcio pode reduzir o ganho de peso e promover a queima de gordura. E os autores apostam nesse efeito. Mais estudos são necessários.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Consumo de peixes pode proteger os rins de diabéticos, indica estudo

peixe

Comer peixes duas vezes por semana pode ajudar os diabéticos a prevenir doença  renal – uma das complicações mais sérias da doença – segundo estudo publicado na edição de novembro do American Journal of Kidney Diseases. Avaliando a dieta de mais de 22 mil pessoas de meia-idade, sendo 517 com diabetes, os pesquisadores descobriram que os diabéticos que relataram comer peixe mais de uma vez por semana tinham consideravelmente menos chances de ter proteínas na urina – sinal precoce de doença renal. A condição, conhecida como macroalbuminúria, pode piorar os danos nos rins e aumentar os riscos de infartos. E os resultados mostraram que 18% dos diabéticos que não comiam peixe regularmente tinham a condição, contra apenas 4% dos consumidores do alimento. Mais estudos são necessários.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vilões da enxaqueca

Ao investigar os fatores que desencadeiam a enxaqueca, um novo estudo feito com 200 pacientes revelou que 83,5% apontaram algum fator relacionado à dieta – sendo o jejum mais recorrente, seguido do álcool e do chocolate. Os problemas com o sono foram relatados por 81% dos entrevistados e 64% associaram a enxaqueca ao estresse. A pesquisa foi realizada por estudantes de medicina da Liga da Cefaléia da Escola de Medicina do ABC e coordenada por Mario Fernando Prieto Peres, professor do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador sênior do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo. O estudo, publicado na revista Arquivos de Neuro-Psiquiatria, aponta também que a enxaqueca afeta três vezes mais as mulheres do que os homens, principalmente em decorrência de fatores hormonais. A enxaqueca é um distúrbio neurológico crônico com vários fatores desencadeantes, que geralmente se inicia na infância ou na adolescência e pode acompanhar o paciente por toda a vida. Caracteriza-se por dores de cabeça transitórias e localizadas e atinge 12% da população, chegando a 20% entre as mulheres. De acordo com Peres, a enxaqueca dos pacientes que participaram da pesquisa foi diagnosticada segundo os critérios da Classificação Internacional dos Distúrbios de Dores de Cabeça. Todos eles apresentaram pelo menos um fator desencadeante para as crises de enxaqueca. Mais de 95% relataram mais de um fator. Segundo ele, as sobrecargas ambientais, alimentares, emocionais e de estilo de vida foram os fatores desencadeantes mais importantes. “O estudo remete ao papel fundamental do sistema de dor, que é deflagrado para avisar que algo não está bem. Quando ocorre alguma sobrecarga, esse sistema é ativado, iniciando a crise de enxaqueca. É fundamental que médicos e pacientes reconheçam esses fatores para tentar diminuir a freqüência das crises e melhorar a qualidade de vida”, disse Peres à Agência FAPESP. Segundo ele, os fatores desencadeantes relacionados aos hábitos alimentares podem ter sido superestimados no estudo, por ter sido a primeira lista de fatores apresentada ao grupo. “Analisando os fatores isoladamente, podemos ver que o estresse e os problemas com o sono são aspectos emergentes, com porcentagens similares em magnitude”, destacou. Dos 200 indivíduos que participaram do estudo, 162 eram mulheres e 38 homens, com média de idade de 37,7 anos. Os entrevistados foram questionados especificamente sobre a presença ou ausência de possíveis fatores para as crises de enxaqueca, com destaque para fatores alimentares, hormonais (no caso das mulheres), ambientais, sono, estresse e esforço físico. A enxaqueca é mais comum entre mulheres. Ocorre principalmente durante a fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, e tem um importante impacto socioeconômico e sobre a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados apontaram que cerca de 53% das mulheres apresentaram fatores hormonais como principais desencadeadores da enxaqueca, sendo o período pré-menstrual o mais freqüente.  De acordo com Peres, os pacientes responderam a uma lista extensa de fatores desencadeantes e relataram os mais freqüentes no desencadeamento das crises de enxaqueca. “Os pacientes foram selecionados de maneira consecutiva, por isso a presença de mais mulheres no estudo, uma vez que a enxaqueca acomete até três vezes mais mulheres que homens.” Entre os fatores desencadeantes relacionados à dieta, o jejum foi o mais freqüente, seguido pelo álcool, chocolate, vinho tinto e café. Os resultados mostraram ainda que mulheres têm mais crises de enxaqueca desencadeadas pelo vinho tinto do que os homens. Com relação aos fatores desencadeados pelo estresse, a preocupação com o trabalho foi o principal fator nos pacientes com enxaqueca. Ao analisar o comportamento do sono (excesso ou falta), o estudo aponta que esse fator parece ter influência na ocorrência da enxaqueca. Pouco mais de 75% dos pacientes apontaram problemas com o sono como principal fator desencadeador. “Esses resultados sugerem que o tratamento psicológico, a orientação alimentar e a atenção com os hábitos de sono podem ser importantes para o tratamento dos pacientes”, afirma o pesquisador, que também é professor de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC e coordenador do Centro de cefaléia de São Paulo. Merecem destaque também os fatores ambientais, como alergia, poluição, claridade solar, mudanças no tempo, cigarro, ar condicionado, odores de perfumes, produtos de limpeza e gasolina. Cerca de 68,5% dos entrevistados afirmaram sentir os sintomas da enxaqueca após exposição a esses fatores, sendo os odores (36,5%) os mais recorrentes. De acordo com Peres, o estudo mostra que fatores desencadeantes são freqüentes em pacientes com enxaqueca, e sua detecção detalhada pode auxiliar em tratamentos preventivos mais eficientes. “É importante destacar que muitas crises de enxaqueca são oriundas de deflagradores, que são principalmente fatores relacionados a sobrecargas que podem freqüentemente ser evitadas”, disse.

Para saber mais (fonte): Agência FAPESP