sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Consumo de chá verde exige cautela

chaverde

Extraídos da mesma planta, a Camellia sinensis, os chás verde e branco ficaram populares devido às suas funções terapêuticas, como a prevenção contra diversos tipos de câncer, ao seu poder emagrecedor e outras coisas. Essas bebidas, porém, exigem cautela ao serem consumidas, pois os benefícios podem, literalmente, virar dor de cabeça. "Os chás verde e branco são alimentos funcionais, pois nutrem e combatem doenças. Para aproveitá-los corretamente, é preciso ficar de olho na dosagem e nas características do organismo de cada um", diz a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio Nutricional. Ela recomenda buscar orientação médica antes de ingerir esses chás. "As pessoas pensam que podem bebê-los indiscriminadamente, e isso não é verdade", alerta. Um dos principais cuidados em relação a essas bebidas é a existência de cafeína em sua composição. A substância, também presente no café, pode aumentar a pressão arterial e causar problemas como taquicardia, dor de cabeça e náuseas. "Como aceleram o metabolismo, esses chás não são indicados a pessoas com problemas cardíacos ou hipertensos. Também devem ser evitados por grávidas e lactantes. A cafeína pode afetar o bebê", salienta a farmacêutica Paula Viñas, da farmácia Fitobrasilis. Casos de insônia, gastrite, problemas renais, hipertireoidismo, ansiedade e taquicardia são incompatíveis com os chás. Indivíduos com deficiência de ferro no organismo também devem evitar essas bebidas. "Elas contêm tanino, substância que inibe a absorção do mineral", afirma Roseli. Segundo Paula Viñas, quem faz uso do remédio doxorrubicina deve ser monitorado. "Os chás potencializam o efeito desse medicamento." Extraídos da planta Camellia sinensis, os chás verde e branco possuem níveis concentrados de catequinas e polifenóis, substâncias que agem na prevenção do câncer. Também combatem os radicais livres, protegendo as células e retardando o envelhecimento com mais eficiência que as vitaminas C e E. Além disso, esses chás ajudam a emagrecer, fortalecem as veias e as artérias e reduzem os teores de colesterol ruim. Enquanto o chá verde tem as folhas aquecidas e secas, resultando na oxidação dos seus componentes, o chá branco é elaborado a partir do broto da Camellia sinensis e não passa por esse processo, assegurando uma concentração maior dos princípios ativos. Os chás Oolong e preto também derivam da mesma planta, mas seus benefícios são menos evidentes. Alguns cuidados ao tomar o chá: Os chás verde e branco contêm cafeína, que eleva a pressão arterial. Por isso, não são recomendados a hipertensos, gestantes ou lactantes. Consulte um profissional de saúde para avaliar se você está apto ao consumo. O consumo exagerado pode causar sintomas como taquicardia, náusea, dor de cabeça e problemas gastrointestinais. Para garantir os benefícios e evitar os problemas, recomenda-se beber três ou quatro xícaras diariamente. Prepare corretamente. Ferva a água, apague o fogo e dilua duas colheres de chá em uma xícara de chá. Deixe o recipiente tampado de cinco a dez minutos, em ambiente escuro, antes de servir. O chá não deve ser reaquecido e pode ser guardado por até 12 horas em locais sem luz.  Os chás verde e branco contêm tanino, que inibe a absorção de ferro. São contra-indicados para pessoas com deficiência desse mineral. Também deve ser evitado o consumo com leite, alimento que pode inibir o efeito antioxidante dos chás. Pacientes que fazem uso do medicamento doxorrubicina devem ser monitorados, pois esses chás potencializam seu efeito.

Para saber mais (fonte): Folha Online

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Oito alimentos geram 90% das alergias, revela estudo

Oito alimentos são responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar, revela uma revisão de estudos publicada em outubro na revista "Current Opinion in Pediatrics". Leite de vaca, ovos de galinha, soja, amendoim, nozes, trigo, peixes e mariscos são os alimentos mais alergênicos. A alergia alimentar é uma reação imunológica anormal do corpo - em geral, de pessoas suscetíveis geneticamente- às proteínas de certos alimentos. As manifestações clínicas mais comuns são ligadas ao aparelho gastrointestinal (como diarréia e dores abdominais), à pele (coceira, eczema) e ao sistema respiratório (tosse, rouquidão). O objetivo do estudo foi atualizar o diagnóstico do problema, que vem aumentando em todo o mundo, especialmente entre as crianças. Nos EUA, nos últimos dez anos, o crescimento foi de 18%, segundo um relatório dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças divulgado no mês passado.  "Um diagnóstico incorreto pode resultar em restrições alimentares desnecessárias, que, se prolongadas, podem afetar o crescimento da criança", afirmou à Folha um dos autores do estudo, Roberto Berni Canani, professor da Universidade de Nápolis (Itália). Segundo Canani, além de uma atenção especial aos oito alimentos, é preciso que os médicos saibam que nenhum exame é definitivo para diagnosticar ou excluir a alergia. "O principal é descobrir indícios do alimento que causa o problema e substituí-lo por outro de igual valor nutricional", diz. No Brasil, onde estima-se que de 4% a 8% das crianças e de 2% a 8% dos adultos sejam alérgicos, os médicos também notam um aumento nos casos. Para explicá-lo, há teorias que citam desde o acesso a mais exames até a maior presença de poluentes na atmosfera e um estilo de vida mais "higienizado". "Hoje, a criança tem menos chances de tomar contato com bactérias que poderiam estimular mais os sistema de defesa", diz o pediatra e imunologista do hospital Albert Einstein, Victor Nudelman. Os "vilões" para alergia variam segundo o país, diz ele. "Nos EUA, o amendoim é um importante causador de alergia na infância porque eles costumam dar pasta de amendoim às crianças. Na Itália, é comum a alergia a trigo porque eles dão massa já no primeiro ano." No Brasil, o leite de vaca lidera as alergias alimentares no primeiro ano, afetando de 4% a 5% das crianças, seguido pela soja, a clara de ovo e o milho. Ele diz que o diagnóstico é basicamente clínico. "Pode ser uma criança que vomita muito, que tem diarréia ou eczema com freqüência." Quando ela não ganha peso adequado no primeiro ano, tem constipação ou muita cólica, deve-se investigar se há alergia a leite. Também é comum as pessoas confundirem alergia ao leite com intolerância à lactose. Mas a intolerância não é uma reação imunológica: ela ocorre em razão da ausência de uma enzima no intestino que quebra o açúcar do leite (lactose). Os sintomas são parecidos e podem afetar os sistemas digestivo e respiratório e a pele, mas os tratamentos são distintos. Por exemplo: é permitida a ingestão de pequenas quantidades de leite nos casos de intolerância. Já alérgicos ao produto não devem consumi-lo. A boa notícia é que 95% dos casos de alergia a leite somem quando a criança atinge dois ou três anos, diz o gastropediatra Mauro de Morais, da Universidade Federal de São Paulo - provavelmente devido ao amadurecimento do sistema gastrointestinal. Ele diz ainda que houve uma mudança do perfil da alergia. "Antes, eram comuns quadros de diarréia. Hoje aparecem muito mais crianças com colite alérgica, sangue nas fezes. Mas também não se sabe o porquê."

Para saber mais (fonte): Folha Online

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Comer peixes pode proteger contra doenças cardiovasculares, diz estudo

O consumo de peixes pode ter um efeito protetor contra doenças cardiovasculares,  principalmente contra insuficiência cardíaca, segundo estudo japonês publicado recentemente no “Journal of the Americam College of Cardiology”. Na pesquisa, especialistas de universidades japonesas descobriram uma relação inversa entre a ingestão de peixes e ômega-3 e a mortalidade por causa cardiovascular. Os ácidos graxos ômega-3 são um tipo de gordura poliinsaturada encontrada principalmente em peixes de águas profundas e frias, como salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta; em óleos de peixe; e em semente e óleo de linhaça. Muitos estudos têm indicado os benefícios do nutriente principalmente para os sistemas cardiovascular e nervoso. Para avaliar o efeito da ingestão de ômega-3 nos riscos de mortalidade por doença cardíaca isquêmica, parada cardíaca, insuficiência cardíaca, derrame e doença cardiovascular total, os pesquisadores examinaram quase 58 mil japoneses, acompanhando-os por uma média de 12 anos. E as análises mostraram que aqueles com maior consumo de peixes e ômega-3 total tinham 18% a 19%salmão menor risco de morte por doença cardiovascular. O efeito protetor era ainda maior com relação à insuficiência cardíaca – os 20% com maior consumo de peixes tinha 24% menor risco em relação aos 20% com menor ingestão; e o maior consumo de ômega-3 foi associado a 42% menor risco de morte por insuficiência cardíaca.

Para saber mais (fonte): Boa Saúde

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Estilo de vida saudável promove mudanças genéticas, diz estudo

Mudanças radicais no estilo de vida tais como uma dieta mais saudável ou a prática regular de exercícios físicos podem prover não apenas um corpo melhor, como também uma melhora rápida e dramática na atividade genética da pessoa, afirmaram pesquisadores dos Estados Unidos na segunda-feira. Em um pequeno estudo, os cientistas acompanharam 30 homens com câncer de próstata de baixo risco que decidiram não seguir o tratamento médico convencional, abrindo mão da cirurgia e das sessões de radiação ou terapia com hormônios. Os homens submeteram-se, durante três meses, a estilos de vida totalmente diferentes, incluindo uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, legumes e produtos de soja, exercícios físicos moderados como caminhar uma hora e meia por dia e a realização de uma hora diária de práticas de gerenciamento de estresse, tais como meditação. Conforme o esperado, o grupo perdeu peso, viu diminuir sua pressão arterial e verificou outros ganhos em termos de saúde corporal. Mas os pesquisadores descobriram a ocorrência de mudanças mais profundas quando compararam as biópsias da próstata feitas antes com aquelas feitas depois da adoção do novo estilo de vida. Após três meses, os homens tiveram uma mudança de atividade em cerca de 500 genes -- incluindo 48 deles que passaram a funcionar e 453 que deixaram de funcionar. A atividade de genes capazes de prevenir doenças aumentou ao passo que vários genes causadores de doenças, tais como os envolvidos no câncer de próstata e de mama, desligaram-se, segundo o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A pesquisa foi comandada por Dean Ornish, chefe do Instituto de Pesquisa sobre Medicina Preventiva em Sausalito, Califórnia, um conhecido defensor de mudanças no estilo de vida para melhorar a saúde das pessoas. "Essa é uma descoberta animadora porque, com freqüência, ouvimos as pessoas dizendo: 'Ah, isso é por causa da minha genética. O que eu posso fazer?'. Bom, parece que há muita coisa que podemos fazer", disse, em uma entrevista concedida por telefone, Ornish, que possui laços também com a Universidade da Califórnia em San Francisco. Em apenas três meses, sou capaz de influenciar centenas dos meus genes com uma simples mudança na minha dieta e na forma como vivo. Isso é muito empolgante", afirmou Ornish. "As implicações do nosso estudo não se limitam aos homens com câncer de próstata." Segundo Ornish, os homens evitaram o tratamento médico convencional para o câncer de próstata por motivos alheios ao estudo. Mas, ao tomar essa decisão, permitiram que os pesquisadores analisassem as biópsias de pessoas com câncer antes e depois da mudança em seu estilo de vida. "Isso nos deu a oportunidade de ter um motivo ético para fazer repetidas biópsias em um período de apenas três meses porque eles precisariam submeter-se a isso de qualquer forma a fim de avaliar as alterações clínicas (no câncer de próstata)", disse Ornish.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde