quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Obesidade pode aumentar risco de segundo aborto

Mulheres obesas têm mais chance sofrer novos abortos espontâneos após terem abortado uma vez, segundo um estudo do Hospital St. Mary's, em Londres, apresentado em uma conferência do Royal College of Obstetrics and Gynaecology no Canadá. Os cientistas acompanharam os progressos de 696 mulheres cujos abortos haviam sido classificados como "inexplicáveis" por uma clínica especializada em gestação. Segundo os cientistas, o risco de um segundo aborto espontâneo era 73% mais alto entre mulheres obesas. Mas um especialista em obesidade afirmou que tentar perder peso durante a gravidez pode ser perigoso para o feto e aconselhou as obesas que tenham sofrido aborto a tentar emagrecer antes de tentar engravidar novamente. Apesar de a obesidade já ter sido ligada a problemas de fertilidade e durante a gravidez, este estudo afirma ser o primeiro a investigar especificamente os abortos "recorrentes", para os quais não há uma razão óbvia. Das 696 mulheres acompanhadas no estudo, mais da metade tinha peso normal, 30% estavam acima do peso e 15% eram obesas --ou seja, tinham IMC (Índice de Massa Corporal) equivalente ou superior a 30. O quanto mais velha a mulher, maiores as chances de um segundo aborto espontâneo, mas quando os dados foram ajustados para levar isso em conta, a obesidade surgiu como um outro possível fator. A incidência de aborto espontâneo foi semelhante entre todas as mulheres do grupo, mas o risco de um segundo aborto aumentou dramaticamente entre as mulheres obesas. Winnie Lo, a enfermeira especializada que apresentou o estudo em Montreal disse: "Esse é o primeiro estudo a analisar diretamente a ligação entre Índice de Massa Corporal e aborto". "Ele mostra que as mulheres obesas que passam por abortos recorrentes sofrem maior risco de sofrer novos abortos." Para o endocrinologista Nick Finer, especialista em obesidade do Hospital Addenbrooke's, perto de Cambridge, a conclusão do estudo não é surpresa. "Nós já sabemos que as chances de fertilidade diminuem com o aumento do IMC, os riscos de malformação fetal aumentam, junto a riscos de outras adversidades durante a gestação." Ele afirma que não se sabe exatamente qual a razão para as obesas terem mais problemas, mas é possível que a obesidade aumente a inflamação, prejudicando as chances de uma gravidez bem sucedida. Ele também aconselhou as obesas a não tentar dietas radicais durante a gestação.

Para saber mais (fonte): Folha UOL

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vigilância sanitária de SP reprova rótulos de alimento infantil

papinha

Pesquisa feita pelo Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo  reprovou a maior parte das embalagens dos alimentos vendidos para crianças de 0 a 3 anos. Das 64 amostras de papinhas, leite fluido, leite em pó, iogurte, sopa e mingau, colhidas em supermercados de todo Estado, 76,6% foram consideradas insatisfatórias por terem rótulos que incentivam o consumo desnecessário, não informam as contra-indicações e ainda prejudicam o aleitamento materno. O monitoramento começou em 2005 e o "dossiê dos rótulos" é divulgado a cada dois anos (o próximo será publicado no final de 2009). As irregularidades encontradas ferem a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Crianças, criada em 2002 e transformada em legislação federal em 2006. Os produtos voltados aos recém-nascidos, por exemplo, exibiam mensagens como "leite humanizado" e "maternizado" o que, para a diretora do CVS Maria Cristina Megid, "têm o claro intuito de sugerir forte semelhança do alimento com o leite materno, o que é proibido". A crítica dos especialistas está no fato de que o leite materno é o mais completo para evitar meningite, otites, doenças respiratórias e de pele, desnutrição e tantos outros problemas, podendo ser alimento exclusivo no cardápio infantil até o sexto mês de vida do bebê. O contraste à lista de benefícios é que, justamente a capital paulista ostenta o quarto pior índice de aleitamento materno do País, conforme mostraram os Indicadores Básicos de Saúde, divulgados pelo Ministério da Saúde. Enquanto 64% das crianças paulistanas já recebem outro tipo de alimento (papinhas, leite em pó, mingaus) antes de completar 30 dias de vida, a média brasileira é praticamente inversa: 53,1% só mamam no peito até o primeiro mês. "A vida moderna para as mulheres se estabeleceu como uma das inimigas da amamentação", diz o diretor da divisão sanitária de alimentos de SP, William Latorre. "Se atrelado à falta de tempo, a indústria de alimentos infantis ainda convence que os produtos são tão bons quanto o aleitamento materno, isso repercute diretamente nas estatísticas de crianças que mamam no peito", diz Latorre que coordenou as análises dos rótulos e informou que todas as irregularidades encontradas só nos anos 2005 e 2006 viraram 326 processos administrativos contra as empresas fabricantes. A Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia) informou que desde 2006, "reuniu diversas vezes seu Setor de Alimentos para Crianças de Primeira Infância, a fim estudar a aplicação da Lei e orientar o seu cumprimento". As informações são do Jornal da Tarde.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A proteína das manhãs

cafedamanha Já se desconfiava que pitadas a mais de proteína na dieta evitariam ataques de gula. E nesta semana o British Journal of Nutrition publicou um trabalho surpreendente que, na verdade, foi realizado em solo americano, mais especificamente na Universidade Purdue, por um time liderado pelo nutricionista e doutor em ciência dos alimentos Wayne W. Campbell. "O horário em que você consome a proteína faz toda a diferença para aproveitar esse efeito saciedade", sentencia o pesquisador, em entrevista a esta coluna. Ele conta que, para o estudo, recrutou homens acima do peso na faixa dos 40 anos. Todos seguiram uma alimentação equilibrada de baixas calorias, fracionada em cinco refeições. Mas havia diferenças. Parte do grupo recebeu uma dieta com um teor, digamos, convencional de proteínas. Para o restante, porém, os nutricionistas criaram um programa alimentar com o mesmo valor calórico, mas com uma participação maior de fontes protéicas. De 18% a 25% das calorias consumidas vinham de alimentos ricos em proteínas. "Já esperávamos que essa turma sentisse menos fome ao longo do dia", admite Campbell. "O que eu me intrigava mesmo era descobrir o seguinte: se essas pessoas concentrassem mais proteínas em uma determinada refeição, será que isso faria alguma diferença? Vimos que sim." Para chegar a essa conclusão, ele dividiu os voluntários que comiam mais proteína em quatro grupos. O primeiro distribuiu os alimentos protéicos por todas as refeições. O segundo reforçou a presença das proteínas no café-da-manhã. O terceiro comeu mais de suas fontes no almoço e o quarto, no jantar. Todos os participantes tinham de responder perguntas sobre como andava a sua fome, se tinham vontade de devorar bombons no meio da tarde e coisas assim. Não bastasse isso, de vez em quando se submetiam a testes de sangue para medir hormônios envolvidos com a saciedade. Cruzadas todas essas informações, os cientistas notaram que não fazia muita diferença distribuir todas as porções protéicas ao longo das refeições ou deixá-las para o almoço e o jantar. No entanto, caprichar na proteína do café-da-manhã, ah, isso sim, era uma ajuda e tanto, capaz de multiplicar por quatro, muitas vezes até por cinco a intensidade e a duração da sensação de saciedade. "Por que isso acontece? Bem, nós ainda não sabemos. Mas trata-se da primeira evidência científica de que o horário de consumo das proteínas faz diferença e uma revelação assim, sem dúvida, pode ajudar pessoas que precisam perder peso de uma maneira mais saudável, sem apelar para saídas malucas." O especialista lembra que, por ironia, muita gente prefere comer mais proteínas à noite e comenta que um café-da-manhã capaz de prevenir ataques de fome não tem nada de outro mundo, "principalmente nos países onde as pessoas têm o bom hábito de tomar leite no desjejum." Ele aconselha que você complemente o leite desnatado com duas porções de alimentos protéicos. Uma porção equivaleria a um ovo cozido ou uma omelete simples preparada sem gordura ou feita só de claras; duas fatias finas de peito de peru ou de presunto light ou, ainda, de queijo light também; uma colher de sopa de queijo cottage; um copo de iogurte desnatado batido com adoçante, entre outros exemplos.

Para saber mais (fonte): Revista Saúde

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Obesidade Infantil já é epidemia no estado do Rio de Janeiro

O tratamento para obesidade infantil, uma enfermidade crônica acompanhada de diversas complicações, tem sido cada vez mais procurado no ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), vinculado à Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Crianças acima do peso, subalimentadas e anêmicas são atendidas diariamente por uma equipe formada por nutricionista, psicóloga, endocrinologista, pediatra e assistente social. Má alimentação e sedentarismo são as principais causas da obesidade infantil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo. No Brasil, a doença cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos. Para a coordenadora de Endocrinologia do Iede e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do Rio de Janeiro, Vera Leal, a obesidade infantil no estado do Rio de Janeiro cresceu com gravidade e se transformou em uma epidemia. "O grande problema há uns anos era a desnutrição e está havendo uma transição para a obesidade, uma obesidade que não é saudável por diversos aspectos. Muitas vezes as crianças obesas são desnutridas, pois não se alimentam corretamente", explica. A doença crônica, que tem sido a principal produtora do aumento de casos de diabetes e problemas cardiovasculares em crianças, pode ser causada por fatores genéticos, ambientais (devido aos hábitos alimentares da família) e hormonais. O sedentarismo está entre um dos principais inimigos dos jovens. "Crianças que não fazem exercícios e não têm uma alimentação adequada podem sofrer, futuramente, de obesidade. As merendas nas escolas também são fatores que influenciam na má alimentação", diz a endocrinologista, Latife Tyszler. Segundo Vera Leal, a pior gordura é a abdominal. A pessoa obesa por um todo é diferente da que tem a gordura concentrada no abdômen. A gordura visceral é a preditora de risco de um individuo ter doença coronariana e diabetes. Praticar atividade física pelo menos três vezes por semana e consumir alimentos saudáveis podem evitar e controlar a obesidade em crianças, que sofrem os mesmos riscos de um adulto acima do peso. "O pilar do tratamento é dieta e exercício. O uso de medicamentos para tratar crianças abaixo de 12 anos não é autorizado. O maior estímulo para envidar esforços no tratamento da obesidade infantil é que esta é a fase na qual podemos mudar o estilo de vida. A criança, sendo criada em um ambiente onde possua alimentação balanceada, não terá que mudar seus hábitos alimentares ao se tornar adulta. Esse será o estilo de vida dela. Tenho notado que estamos conseguindo bons resultados", afirma.

Para saber mais (fonte): SEGS Portal Nacional

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Controlar índice de açúcar no sangue reduz risco cardíaco em diabéticos, diz pesquisa

Uma pesquisa divulgada  no congresso mundial da ADA (American Diabetes Association), em São Francisco, sustenta que diabéticos que controlam baixos níveis de açúcar no sangue contribuem para reduzir os riscos de morte por doenças no coração. O estudo, batizado de "Advance", foi realizado com 11.140 diabéticos do tipo 2 com risco ou histórico de problemas cardíacos. A pesquisa afirma ter encontrado o nível ideal do controle glicêmico --6,5% da hemoglobina glicada (uma análise do sangue que mede a concentração de glicose nos últimos três meses). Esse índice, segundo o estudo, reduz em 12% o risco de morte por problemas cardíacos e ainda diminuiu em 14% a possibilidade de diabéticos desenvolverem problemas macrovasculares (coração) e em 6% de microvasculares (em pequenos vasos, como retina e rins). As conclusões contestam um estudo do governo norte-americano publicado em fevereiro, que afirmou ter detectado mais mortes por eventos cardíacos em pacientes que tiveram o índice glicêmico controlado em 6,4%. O estudo "Accord", feito com 10 mil portadores de diabetes do tipo 2 e divulgado em fevereiro de 2008, concluiu que o controle glicêmico em 6,4% aumentou o risco de morte. Os pesquisadores chegaram a interromper a pesquisa por causa do índice de mortes considerado alto. Além de contestar os resultados do "Accord", o "Advance" conclui ainda que, com a manutenção do índice glicêmico em 6,5%, caiu em 30% o número de complicações renais nos pacientes. "Esse é um dado bom, porque cerca de 75% dos diabéticos acabam desenvolvendo problemas nos rins em algum momento", disse o médico Leão Zagury, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e autor do livro "Diabetes sem Medo". Durante os testes, os pesquisadores australianos utilizaram nos pacientes a substância glicazida MR (medicamento usado para reduzir o nível de glicemia) combinado a uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares. Com essa fórmula, a pesquisa afirma ter chegado à diminuição da incidência de eventos e da mortalidade por problemas cardíacos em 12%.

Para saber mais (fonte): Folha Online

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Apenas 30% dos biscoitos são "zero trans"

biscoito

Mesmo com as pressões do governo e da sociedade, ainda são encontrados nos  supermercados muitos alimentos ricos em gordura trans. Dos biscoitos vendidos no país, por exemplo, apenas 30% são considerados "zero trans", de acordo com a Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. No Brasil, até agora, a única medida concreta do governo foi a inclusão, em 2006, do item "gordura trans" na tabela nutricional impressa no rótulo dos alimentos. "Isso foi ótimo. Agora temos de perder o hábito de olhar só o preço e a data de validade e ver também a composição dos produtos", diz a médica Maria Cristina Izar, da direção da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O Ministério da Saúde discute com os fabricantes a adoção de prazos para que os supermercados fiquem livres dessa gordura, como ocorre no Canadá e na Dinamarca. O governo espera obter algum compromisso da indústria até o final do ano. A gordura trans aumenta o LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom) no sangue. Essa combinação causa aterosclerose, um perigoso acúmulo de placas de gordura na parede dos vasos sangüíneos. Isso, em casos extremos, resulta em ataque cardíaco e AVC (acidente vascular cerebral), os males que mais matam no Brasil.

Para saber mais (fonte): Folha Online

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O problema não é o colesterol, mas o excesso

Estudo aponta que dois terços da população de dez países da América Latina, Europa e Ásia não sabem que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Esse mesmo estudo, feito pelo Instituto Adelphi International Research junto a 1.547 pacientes e 700 médicos, apontou que no Brasil, 80% das pessoas não sabem que o colesterol alto pode causar ataques cardíacos, denominação popular para o infarto do miocárdio. O Ministério da Saúde estima que as doenças cardiovasculares causem em média 800 mil mortes por ano no Brasil. Encontrado exclusivamente nos produtos de origem animal, o colesterol é agrupado à família das gorduras. Além de estar presente nos alimentos que ingerimos (cerca de 30% é fornecido pela alimentação), a maior parte, cerca de 70%, é produzido no nosso corpo, principalmente pelo fígado. É o chamado colesterol endógeno. Geralmente associado à coisa ruim, o colesterol paga por quase todos os males do coração. Mas pouca gente sabe o quanto ele é importante para o bom funcionamento do organismo. O colesterol é indispensável na produção dos hormônios masculinos e femininos, na síntese de vitamina D, na construção e restauração contínua das membranas que envolvem as células, na composição do ácido biliar que regula a digestão dos alimentos, entre outras funções. Por isso, ninguém vive sem colesterol. O importante é tê-lo na medida certa, e para isso devemos monitorar os 30% que ingerimos através da alimentação. Importante lembrar aqui, que por defeito genético ou enzimático, existem pessoas que produzem muito colesterol no fígado; nesse caso, é extremamente importante que haja o acompanhamento de um cardiologista, com o objetivo de monitorar as taxas do colesterol endógeno. O colesterol em excesso costuma depositar-se sob a forma de placas nas paredes interiores das artérias, processo chamado de aterosclerose. Esses depósitos de gordura ricos em colesterol atraem compostos de cálcio que engrossam e enrijecem ainda mais as artérias, levando a arteriosclerose. Com isso, a passagem do sangue é obstruída e coloca em risco o funcionamento do coração, podendo levar ao infarto agudo do miocárdio. No sangue, o colesterol pode estar livre ou fazendo parte das chamadas lipoproteínas (um aglomerado de colesterol, proteínas e gorduras que circulam pelas artérias e veias). O colesterol conhecido como LDL é o que participa da formação das placas de gordura que obstruem as artérias. Sua elevação é indesejável e deve ser combatida. Chamamos o LDL de "colesterol ruim". Já o colesterol contido nas lipoproteínas HDL, chamado de o "bom colesterol", não participa do processo de obstrução das artérias e tem ainda um efeito protetor, porque retira o colesterol dos tecidos e o leva para o fígado onde é eliminado ou reaproveitado. Portanto, quanto maior forem os níveis de HDL, mais se evita a obstrução das artérias pela aterosclerose. O colesterol só existe em alimentos de origem animal, contudo, alimentos ricos em gorduras saturadas também favorecem o aumento do colesterol no sangue. Por isso, limitar apenas a ingestão de colesterol não é suficiente para se prevenir a aterosclerose. Assim, os alimentos que devem ser evitados por quem sofre com o problema ou quer preveni-lo são a gema de ovo (a clara pode ser consumida à vontade), fígado, frutos do mar, miúdos, manteiga, maionese, gordura de carnes (inclusive pele de aves), embutidos (lingüiça, salsicha, salame, presunto), sorvetes, leite integral, queijos amarelos, alimentos produzidos com gordura hidrogenada (gordura vegetal), etc. Por serem fontes abundantes de gordura saturada, o coco fruta, leite de coco, azeite de dendê e manteiga de cacau (ingrediente dos chocolates) também devem ser evitados. Para a grande maioria das pessoas que está com o nível de colesterol ligeiramente aumentado, outras soluções devem ser tentadas antes do recurso aos medicamentos. As pesquisas estão apontando três soluções para as pessoas que estão um pouco acima dos níveis normais. Uma delas é o exercício físico. Estudos recentes estão demonstrando que a prática de exercícios pode ajudar na redução do colesterol ruim, o LDL. Outra solução é a perda de peso. Embora indivíduos magros possam ter também níveis elevados de colesterol, pesquisas mostram que indivíduos que estão com quilos acima do peso, têm uma redução importante nos níveis de colesterol quando conseguem retornar ao peso normal. O outro caminho é o da alimentação equilibrada, ou melhor, ainda, do uso correto de alimentos capazes de reduzir o mau colesterol, aumentando o HDL, o bom colesterol. Como pesquisadora em alimentos funcionais, vejo esta solução como a mais promissora. Na lista de alimentos que ajudariam o bom colesterol e diminuiriam os riscos do mau colesterol estão as fibras, presentes em cereais integrais como a aveia, cevada, centeio, e na casca de frutas como maçã e bagaço de laranja; o ômega-3, um tipo de gordura presente em peixes marinhos como sardinha, atum, salmão, anchova, cavalinha, etc; as proteínas da soja e suas isoflavonas, encontradas em alimentos à base de soja; o resveratrol, uma substância presente em uvas roxas e no vinho tinto (2 cálices ao dia); pigmentos encontrados em vegetais como o tomate vermelho (licopeno), amoras, cerejas e framboesas (antocianinas), entre outros que estão sendo investigados.

Para saber mais (fonte): Vya Estelar

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Chocolate amargo reduz pressão em 15 dias, diz estudo

chocolate Comer alguns gramas de chocolate meio-amargo enriquecido por dia durante duas semanas pode ajudar a reduzir os riscos de doenças cardíacas, sugere um estudo publicado na edição de setembro da revista científica "Journal of Nutrition". Segundo a pesquisa, compostos conhecidos como flavonóides, presentes no cacau, principal ingrediente do chocolate, seriam os responsáveis pela ação benéfica do alimento. Isso porque os flavonóides impulsionam o aumento da produção de óxido nítrico - uma substância química produzida pelo corpo que atua no relaxamento e dilatação das artérias. O consumo de chocolate enriquecido com os compostos ajudaria na redução da pressão sangüínea e da resistência à insulina - fatores que contribuem para diminuir o risco de doenças cardíacas. "Nossa descoberta sugere que uma dieta com alimentos à base de cacau ricos em flavonóides e pouco calóricos pode ter um impacto positivo nos fatores de risco das doenças cardíacas", diz o estudo. Mas June Davison, especialista da British Heart Foundation (BHF), que trabalha para combater doenças cardíacas, afirmou que é preciso ter cautela com a dieta. "É importante lembrar que o chocolate é normalmente parte do problema de saúde cardíaca, não a solução", disse. "Todo mundo pode comer um chocolate de vez em quando. No entanto, comer cinco porções de frutas e vegetais é a melhor maneira de consumir antioxidantes sem ter que se preocupar com a gordura e o açúcar do chocolate", concluiu.

Para saber mais (fonte): Ciência e Saúde