sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dieta contra o esquecimento

azeite

Se você, caro leitor, está fora de forma, saiba que este não é o único motivo para  começar uma dieta. Um estudo alemão publicado na revista PNAS comprova que o corte no consumo de calorias é capaz de aumentar a memória de idosos, além de gerar significativa perda de peso e redução no índice de massa corporal. A pesquisa confirma resultados de estudos anteriores feitos com ratos. Testes haviam mostrado que dietas pobres em calorias e ricas em ácidos graxos insaturados – como os encontrados no azeite de oliva e em peixes – ajudaram a melhorar o desempenho da memória dos animais no envelhecimento. Para verificar se os mesmos efeitos ocorrem em humanos, pesquisadores da Universidade de Münster, na Alemanha, selecionaram 50 idosos saudáveis (21 homens e 29 mulheres), com idade média de cerca de 60 anos, alguns com peso normal e outros em excesso. Os participantes foram divididos em três grupos. Para o primeiro, foi prescrita uma restrição no consumo de calorias de até 30%. O segundo foi submetido a um aumento no consumo de ácidos graxos insaturados de até 20%, sem que a ingestão de gorduras totais fosse alterada. O terceiro não sofreu alterações na dieta. Antes das intervenções alimentares e três meses depois, os pesquisadores avaliaram a função cognitiva dos indivíduos. "Encontramos um aumento significativo dos registros de memória verbal após a restrição calórica", relatam no artigo. Os outros dois grupos não mostraram mudanças significativas na memória. Segundo os pesquisadores, esse aumento no desempenho da memória está relacionado com uma redução da atividade inflamatória e quedas nos níveis de insulina e da proteína C-reativa – que foram mais pronunciadas em indivíduos com melhor adesão à dieta. Os resultados apontam um caminho para a investigação do papel da insulina e de inflamações no declínio cognitivo relacionado ao envelhecimento. "Nosso estudo pode ajudar a gerar novas estratégias de prevenção para manter as funções cognitivas na velhice", acreditam os pesquisadores.

Para saber mais (fonte): Ciência Hoje

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