segunda-feira, 18 de junho de 2012

Uma relação complicada entre bebidas dietéticas e saúde Estudos têm apontado que os amantes de refrigerantes dietéticos poderiam enfrentar um maior risco de diabetes e doença cardíaca, mas novos achados sugerem que a dieta geral da pessoa é o que mas importa, no final. Um estudo recente se tornou o primeiro a relacionar o refrigerante dietético com o risco de infarto e acidente vascular encefálico (veja o histórico da Reuters Health em 17 de fevereiro de 2012). Mas ainda ninguém foi capaz de dizer se as bebidas sem açúcar merecem essa má fama. Muitos fatores separam os consumidores de bebidas dietéticas e regulares – e, assim, as pessoas que preferem água. Um estudo mais recente tentou avaliar o padrão de dieta em geral dos indivíduos, disse a pesquisadora principal Dra. Kiyah J. Duffey da University of North Carolina at Chapel Hill. Ela e seus colegas utilizaram dados de mais de 4000 americanos que se inscreveram em um estudo de longa duração sobre saúde cardíaca. Eles tinham todos entre 18 e 30 anos quando o estudo começou no meio dos anos 80. Ao longo dos 20 anos seguintes, 827 participantes do estudo desenvolveram síndrome metabólica. Os pesquisadores descobriram que os adultos jovens que consumiam bebidas dietéticas tinham mais chance de desenvolver síndrome metabólica do que os que não as consumiam nos 20 anos seguintes. Mas a situação se tornou mais complexa quando a equipe da Dra. Duffey considerou também o papel da dieta. O menor risco de síndrome metabólica foi observado entre pessoas que não consumiam bebidas dietéticas e seguiam uma dieta “prudente” - rica em alimentos como frutas, vegetais, cereais integrais e peixes. Além disso, aqueles que consumiam uma dieta prudente mas bebiam bebidas dietéticas tiveram um risco maior de síndrome metabólica – mas não muito. Ao longo de 20 anos, 20% desses homens e mulheres desenvolveram síndrome metabólica, contra 18% dos que se alimentavam de forma prudente que não consumiam bebidas dietéticas, relatou a equipe da Dra. Duffey em 29 de fevereiro no American Journal of Clinical Nutrition. Os participantes com maior risco de síndrome metabólica – 32% - foram aqueles que bebiam bebidas dietéticas e seguiam a típica dieta “ocidental”, com muita carne, comida processada e açúcar. A equipe da Dra. Duffey ajustou para fatores outros além da dieta, também, como o peso dos participantes e seus hábitos de exercícios no início do estudo. “Eu realmente penso que a dieta global é importante”, disse a Dra. Duffey em uma entrevista. Se você deseja reduzir calorias, substituir bebidas com açúcar por versões são açúcar fará isso, observou. “Mas se o objetivo é o impacto global na saúde”, disse, “você precisa considerar toda a dieta”. A Dra. Duffey destacou que esse estudo foi observacional. Além disso, se as bebidas dietéticas têm um efeito negativo na saúde cardiovascular, como alguns pesquisadores elaboraram, ou se outros fatores são responsáveis, ainda é “definitivamente uma questão em aberto”, disse a Dra. Hannah Gardener, pesquisadora na University of Miami Miller School of Medicine que liderou o estudo recente relaas bebidas dietéticas ao risco aumentado de doença cardíaca e acidente vascular encefálico. “Nós ainda temos um longo caminho até elaborar um guia para a saúde pública” sobre bebidas dietéticas e saúde, disse a Dra. Gardener a Reuters Health.

Autora: Amy Norton

Fonte: Medcenter

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