domingo, 22 de novembro de 2009

Resveratrol pode proteger contra esteatose hepática em alcoólicos

vinhotinto De acordo com os investigadores da Universidade da Flórida do Sul, o resveratrol, um polifenol presente no vinho tinto, pode prevenir o desenvolvimento de esteatose hepática associada ao consumo crónico de álcool. O estudo, desenvolvido em ratos, revelou que o resveratrol pode activar duas moléculas que participam na sinalização celular e degradação das gorduras no fígado: proteína quinase activada por AMP (AMPK) e sirtuína 1 (SIRT1). Estas moléculas são alegadamente inibidas pelo álcool, levando à acumulação de gordura e esteatose hepática (fígado gordo). Embora as recomendações dos especialistas sejam obviamente para evitar o consumo excessivo de álcool, os resultados sugerem que indivíduos alcoólicos podem beneficiar se aumentarem o seu consumo de alimentos ricos em resveratrol. Investigações anteriores associaram os potenciais efeitos benéficos do vinho ao resveratrol, um potente polifenol e químico anti-fúngico que ocorre naturalmente debaixo da pele de uvas pretas. O resveratrol é frequentemente referido como o composto bioactivo das uvas e vinho tinto e tem sido particularmente associado ao 'French Paradox', denominação utilizada para descrever a baixa incidência de doença cardíaca e obesidade entre os Franceses, apesar da sua dieta com elevado teor de gordura e consumo de vinho. Os investigadores, liderados por Joanne Ajmo, estudaram os efeitos do resveratrol a nível molecular. Os ratos foram divididos em 4 grupos: dieta hipolipídica suplementada com resveratrol; dieta hipolipídica suplementada com resveratrol e etanol; dieta hipolipídica suplementada com etanol e dieta hipolipídica apenas (grupo controlo). No fim do estudo, os investigadores revelaram que, tal como esperado, o resveratrol aumentou a expressão da SIRT1 e estimulou a actividade da AMPK no fígado dos ratos que consumiram álcool. Mais ainda, estes aumentos foram associados a alterações nos níveis de outras moléculas que controlam o metabolismo lipídico, incluindo a adiponectina, uma hormona produzida pelos adipócitos que ajuda a controlar a obesidade. Estas alterações foram associadas à prevenção da acumulação de gordura no fígado dos ratos tanto pela redução da produção de gordura como pelo aumento do consumo da gordura presente.

Para saber mais, fonte: APD

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